Após matar amante grávida, feminicida mandou mensagem a amigo em MT

 

Dissimulado, Yuri Alexandre Rodrigues da Silva, de 28 anos, homem que matou a facadas a amante Vânia Cristina Benini, de 40 anos, grávida de quatro semanas, procurou um amigo de trabalho para que ele ajudasse a obter informações sobre Vânia, tentando criar um álibi. O feminicídio foi registrado em Ribeirãozinho (543 km de Cuiabá), nesta quinta-feira (5). Prinsts que mostram essa conversa constam em depoimento prestado por ele à Polícia Civil.

Na mensagem enviada por meio do WhatsApp, Yuri diz que ficou sabendo tinham matado Vânia e pergunta se o amigo poderia ajudá-lo a dar suporte, porque ele não conseguiria fazer isso, pois estava com a esposa, que também está grávida, e tinha tomado medicação.

"Liguei. Genio falou que parece que mataram a Vânia. Pelo amor de Deus, A, dá esse suporte lá, cara", escreveu o feminicida. O amigo respondeu que iria e que pegaria o carro que estava com Yuri para verificar o que tinha acontecido com Vânia.

Em depoimento, Yuri Alexandre disse que mantinha um relacionamento casual com Vânia, mas que já fazia bastante tempo. Ele também afirmou que não tinha conhecimento de que a amante estava grávida. 

O feminicida também afirmou que Vânia ficava de "picuinhas" e fazia ameaças. "Na própria linguagem dela, ela dizia que ia fuder com a vida da gente. Porque, assim, ela disse — mas ela falou mais diretamente ao menino que trabalha comigo na cara da esposa dele."

Ele alegou que o feminicídio teve como motivação o fato de a vítima supostamente estar causando transtornos em seu ambiente de trabalho. Segundo a Polícia Civil, o suspeito aproveitou-se da relação íntima de afeto com a vítima e agiu de forma premeditada, já que há indícios de que ele adquiriu previamente a arma a ser usada no assassinato.

Imagens mostram Yuri fazendo compras na quarta-feira (4), e, entre os pacotes que a funcionária do caixa conferia, havia facas. Conforme o boletim de ocorrência, por volta das 6 horas, policiais militares do Grupo de Apoio (GAP), em ação conjunta com o Núcleo de Polícia Militar (NPM) do município, receberam informações sobre o crime, ocorrido nas proximidades da subestação do distrito de Ribeirãozinho. Assim que chegaram ao local, os policiais encontraram Vânia com múltiplas perfurações causadas por uma faca.

Os militares foram informados por testemunhas que a mulher estava em estágio inicial de gestação, de apenas quatro semanas. A vítima mantinha um relacionamento extraconjugal com o suspeito, e o crime pode ter sido motivado pela recusa da gestante em interromper a gravidez. Após a denúncia, os policiais identificaram e localizaram o feminicida.