Após matar ex-mulher e ex-cunhado, vereador comete suicídio em MT

 

O vereador José Soares de Souza, conhecido como Zé Fadiga (MDB), do município de Ribeirão Cascalheira (800 km de Cuiabá), matou a ex-esposa Olindina Maria da Silva, de 42 anos, e o irmão dela, Odélio José da Silva, de 48 anos, a tiros e depois cometeu suicídio, na tarde deste sábado (26). A tragédia foi registrada após uma discussão no Distrito de Novo Paraíso.

De acordo com as informações premilinares, o vereador discutiu com a ex-esposa e com o ex-cunhado, que era servidor da Prefeitura de Ribeirão Cascalheira. Num determinado momento, ele sacou uma arma, matou as duas vítimas e fugiu do local. A Polícia Militar iniciou aos buscas e quando localizou Zé Fadiga ele atirou em si próprio para não ser preso.

Zé Fadiga disputou a reeleição em outubro deste ano, mas foi derrotado nas turnas, pois só obteve 157 votos. No pleito de 2020 foi eleito como o quarto mais votado da cidade, com 198 votos. 

O vereador tinha um histórico de violência doméstica e foi preso no dia 21 de junho deste ano por agredir a então esposa e mantê-la em cárcere privado. À época, passou por audiência de custódia e foi colocado em liberdade apóss pagar uma fiança de R$ 2,1 mil. Desde então, respondia em liberdade ao processo criminal por agressão, ameaça e cárcere privado contra sua ex-esposa. 

Histórico violento e prisões

Em 31 de março de 2020, o vereador Zé Fadiga foi detido por agredir um funcionário de um hospital em Ribeirão Cascalheira. À ocasião, além de agredir o servidor, o parlamentar também deu socos e pontapés em policiais militares que tentavam detê-lo. Ele foi ouvido pelo delegado, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelos crimes de lesão corporal, dano e vias de fato e acabou liberado. 

Depois, em 25 de novembro de 2022, o vereador voltou a ser preso por extorsão e porte ilegal de arma de fogo no município de Novo Santo Antônio após denúncia de que ele e outros dois homens estariam recebendo gado em troca da liberação de tratores agrícolas apreendidos numa aldeia Xavante pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recuros Renováveis (Ibama).