Polícia Segunda-Feira, 12 de Maio de 2025, 14h:34 | Atualizado:

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SOLUCIONADO

Assassinato de Nery foi planejado com até 90 dias

 

YURI RAMIRES
Gazeta Digital

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CASO RENATO NERY (1).jpg

 

Polícia Civil acredita que as tratativas que resultaram no assassinato de Renato Nery, 72, começaram entre março e abril de 2014. Investigação apontou que o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira se encontrou com Jackson Pereira Barbosa – investigado como intermediário no crime – em Primavera do Leste no dia 17 de abril. Casal investigado por ser mandante mora na cidade. 

“Pela experiência que eu tenho, um crime desses, de mando, você coloca aí em torno de 30 a 90 dias antes, né? O Heron que confessou a participação praticamente direta no crime, alugou uma chácara no dia 16 de abril. No dia 17, um dia depois, ele foi para primavera do leste tratar do assunto com um dos presos, que é o Jackson”, disse o delegado Bruno Abreu.

Então, para ele, nesse encontro eles começaram as ‘tratativas diplomáticas’. Nery foi morto no dia 5 de julho, na frente do seu escritório, na avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Ele chegou a ser socorrido, passou por cirurgia, mas não resistiu e morreu horas depois.

Crime resultou em nova investigação

Está claro ainda que o executor do crime é o caseiro da chácara de Heron, Alex Roberto de Queiroz Silva. A arma utilizada por ele foi encontrada em uma ocorrência de confronto, onde um jovem foi assassinado por policiais militares.

Delegado Caio Albuquerque ressaltou que foi instaurado um inquérito paralelo ao assassinato de Nery. Outros 4 militares foram indiciados na apuração do confronto.

A suposta ocorrência foi registrada 7 dias depois do homicídio. Ao contrário da versão apresentada pelos militares, de que as pessoas abordadas na ocorrência faziam uso de arma de fogo, constatou-se que aquelas pessoas não estavam armadas na ocasião.  

A investigação apurou, com base em exames periciais e outras provas, que as armas apresentadas pelos militares foram colocadas na cena do crime depois do suposto confronto.  

Os quatro envolvidos foram inquiridos mais de uma vez sobre a ligação da arma com o homicídio do advogado, mas os militares reservaram-se no direito ao silêncio.  

Vale lembrar que, até o momento, não há indícios de participação direta dos demais militares na execução do homicídio do advogado.





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