Iris Divino de Freitas, de 40 anos, o assassino de Enil Marques Barbosa, de 59 anos, praticou o feminicídio há uma semana. Para despistar o crime, o maníaco passou todo esse tempo enviando mensagens para os filhos de Enil se passando por ela. A mulher foi espancada, teve pés e mãos amarradas e foi enterrada ainda viva em uma cova rasa no quintal de sua casa, no Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá. O cadáver foi localizado na madrugada desta sexta-feira (13).
Um dos filhos da vítima relatou que o criminoso no momento do flagrante estava assistia a um jogo de futebol e agiu de forma fria. "Nós nos estranhamos depois do aniversário dela, que foi no dia 29 de agosto. No outro dia, a gente mandou mensagem perguntando como ela tava e ela começou a mandar mensagem por escrito. Foi indo, terça, quarta. Estranhamos isso, porque ela não é de digitar muito. Ela era mais de mandar áudio. Hoje, eu falei que sábado a gente ia na casa dela fazer um churrasco. Aí ela falou: ah, meu filho, eu to indo pra Goiás. Aí nisso a gente estranhou. Como assim, Goiás? A senhora viajou? Perguntei se tinha alguém na casa e ela falou que o marido dela. No grupo de irmãos, a gente se perguntou sobre o modo como ela estava falando. Aí a gente combinou de ir à casa dela. Chegamos e acionamos a Polícia Militar", relatou um dos filhos ao Programa do Pop, da TV Cidade Verde.
Ainda conforme o relato, ao ser questionado sobre o motivo de sua mãe estar no estado vizinho e Iris Divino estar em Mato Grosso, o feminicida alegou que precisou ficar por estar trabalhando em uma casa de ração e que a mãe deles tinha ido conhecer os familiares dele. No entanto, enquanto ele dava a falsa versão, um familiar ligou para o celular de Enil, que estava na residência.
"Aí um outro irmão ligou para o celular, que tocou no quarto da mãe. Quando cheguei aqui, ele estava assistindo a um jogo de futebol, como se nada tivesse acontecido", acrescentou. Iris já responde judicialmente a 12 processos, todos relacionados a furto qualificado e também por receptação.
REDES SOCIAIS
Conforme a apuração inicial, a vítima e o autor do crime se conheceram há cerca um mês por meio de rede social e passaram a morar juntos. Durante uma discussão entre ambos, o criminoso alegou que empurrou Enil e ela teria caído, batido a cabeça e desmaiado. Em seguida, ele amarrou os pés e as mãos da vítima e a enterrou viva. Após enterrá-la, ele jogou folhas em cima da cova e ateou fogo, contudo, Enil ainda fez uma tentativa de sair da cova, retirando um braço, que foi queimado. Em depoimento, afirmou que a vítima tinha bastante ciúmes.
Após ser acionada, uma equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) se dirigiu à residência e durante a escavação realizada junto com peritos da Politec, localizou o corpo da mulher, que, além de ter mãos e pés amarrados, tinha um tecido envolto no pescoço.
O delegado Nilson André Farias explicou que o autor do feminicídio alegou que o crime teria ocorrido no fim de semana passado. Porém, apenas a perícia poderá atestar o período em que a vítima foi morta. Iris Divino de Freitas foi encaminhado à sede da DHPP, interrogado e autuado pelos crimes de homicídio qualificado em feminicídio e ocultação de cadáver.
joao
Sexta-Feira, 13 de Setembro de 2024, 14h09