Polícia Segunda-Feira, 09 de Junho de 2025, 15h:22 | Atualizado:

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HORA DA VERDADE

Assessor na AL será julgado por morte de músico há 14 anos em MT

Kleber é ex-policial civil

G1-MT

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O ex-policial civil Kleber Ferraz Albuês e atual assessor do deputado estadual Júlio Campos (UNIÃO) será submetido a júri popular por sequestrar, matar e esconder o corpo do músico Thiago Festa Figueiredo, de 27 anos, em Cuiabá, em 2011. A decisão do julgamento foi assinada pela juíza da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, Cristhiane Trombini Puia Baggio, na terça-feira (3).

O julgamento foi marcado para o dia 27 de junho, às 9h, presencialmente. Além do assessor, o técnico de informática Hueder Marcos de Almeida será julgado pelos mesmos crimes.

O g1 tenta contato da defesa dos acusados e com o deputado estadual. Conforme denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), os dois são acusados de crimes como sequestro qualificado, homicídio qualificado, falsidade ideológica e ocultação de cadáver.

Kleber também responderá por ter usado o cargo de policial para encobrir o crime e manipular provas. Ao g1, a irmã de Thiago, Thais Figueiredo, contou que a família ainda vive o luto pela morte do músico e que reviver o caso depois de 14 anos esperando por respostas é doloroso.

Ela será ouvida como testemunha no júri, mas acompanhará a sessão de forma remota por questões de segurança. “Meu irmão era um rapaz bom, trabalhador, músico e empreendedor. O assassino hoje ocupa um cargo de confiança em um gabinete que cuida da segurança pública do Estado. Isso é vergonhoso", disse.

A mãe da vítima, Maria Antônia Festa, disse ao g1 que o filho morava em Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá, e estava de férias quando foi assassinado. O assassinato ocorreu em uma clínica de reabilitação de propriedade da mãe do policial, para onde a vítima foi levada à força depois de ter sido abordado em uma blitz quando estava acompanhado de um amigo. Mesmo sem autorização da família de Thiago, o policial teria o forçado, sob ameaça com arma, a ir até a clínica de sua propriedade.

Na clínica, Thiago foi dopado contra a vontade com um coquetel de medicamentos controlados, apelidado de “danone”. A vítima teria avisado que era alérgica, mas mesmo assim Kleber e Hueder teriam insistido. Thiago morreu horas depois, trancado no chamado “quarto da disciplina”.

Na época, o corpo do músico foi encontrado às margens de uma rodovia, e, segundo o MP, a cena foi encoberta como se tratasse apenas de um encontro de cadáver, com registro forjado por Kleber.

DEMISSÃO

Em dezembro de 2012, quando a denúncia do MP foi recebida pela Justiça, foi determinada a suspensão de Kleber da função de investigador da Polícia Civil, o que foi cumprido um mês depois. Ele respondeu a processo administrativo e perdeu definitivamente o cargo em abril de 2014.

Kleber chegou a ser readmitido no cargo em dezembro daquele ano, mas, após uma denúncia feita à ouvidoria do governo do estado, teve o processo revisto e a demissão mantida em novembro de 2015. Kleber já foi investigado por um procedimento administrativo disciplinar e denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por sete crimes, entre eles falsidade ideológica, prevaricação (quando um servidor público usa do cargo para cometer crime), e fraude processual.





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Comentários (3)

  • Ggm

    Segunda-Feira, 09 de Junho de 2025, 20h51
  • Assessor parlamentar do Julinho?
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  • Figuerinha

    Segunda-Feira, 09 de Junho de 2025, 18h02
  • O carinha agora virou santo, era um usuário que de santo não tinha nada e a família sabia de tudo agora vem com o choro e querendo um pedestal para o santo que agora canonizaram.
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  • Alencar

    Segunda-Feira, 09 de Junho de 2025, 15h40
  • Absurdo, a família da vítima esperar 14 anos para assistir a esse julgamento, esperar tanto tempo para a justiça ser exercida. Lamentável. É matar novamente essa família. Enquanto, o assassino ficou solto, trabalhando na Assembleia Legislativa, no gabinete do deputado Estadual, privilegiado. Revoltante. Indignação.
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