As aeronaves roubadas pela organização criminosa desarticulada na Operação Proa Clandestina eram utilizadas no transporte de cocaína proveniente da Bolívia e do Paraguai, países da América do Sul conhecidos pelo tráfico de drogas para o Brasil. A ação foi deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (06).
A Bolívia é um dos maiores produtores mundiais de folha de coca, matéria-prima para a fabricação de cocaína. Já o Paraguai é conhecido por ser o principal fornecedor de maconha para o Brasil e outros países vizinhos.
O esquema atuava no tráfico internacional de drogas por via aérea e lavagem de dinheiro, com voos clandestinos em regiões de fronteira. Os alvos da operação estão localizados em cidades de Mato Grosso (Sinop, Matupá, Guarantã do Norte e Nova Ubiratã), Tocantins (Palmas e Porto Nacional) e Mato Grosso do Sul (Dourados).
A investigação começou após o roubo de uma aeronave avaliada em R$ 1,1 milhão e a tentativa de furto de outra, em fevereiro de 2024, em um aeroporto privado em Nova Ubiratã. As aeronaves haviam sido apreendidas em 2022 na Operação TUUP, da PF, por vínculos com o narcotráfico, e estavam sob custódia judicial, prestes a ser leiloadas quando foram roubadas.
A organização mantinha uma estrutura especializada na aquisição, adaptação e manutenção de aviões para o transporte de drogas, operando principalmente em rotas aéreas clandestinas entre Brasil, Bolívia e Paraguai.
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Sexta-Feira, 06 de Junho de 2025, 12h44