"Barão do agro" em MT alega ter faturado R$ 1 milhão em jogo e não consegue sacar

 

No município de Sorriso (420 km de Cuiabá), conhecido com a “Capital do Agronegócio” em Mato Grosso, um empresário endinheirado alega ter investido R$ 150 mil numa plataforma de apostas online e, supostamente, obtido um ganho virtual de R$ 1 milhão, mas foi impedido de sacar o valor. As informações são do site JK Notícias que não divulgou idade e nem nome do tal jogador "sortudo", mas azarado ao mesmo tempo, já que, em tese, ele "ganhou", mas não levou.

Conforme a publicação do site local, trata-se de um empresário do agronegócio, que agora estaria denunciando ser vítima de golpe envolvendo a plataforma de apostas Sorte818.com, que hospeda o “jogo do tigrinho”.  Ele enviou a denúncia direto ao site JK Notícias, que o orientou a procurar a Polícia Civil e registrar um boletim de ocorrência. Ainda não há informações se ele fez o B.O.

Segundo a publicação, o empresário acusa a plataforma de não oferecer suporte adequado para esclarecer o motivo da falha na retirada do dinheiro.

O “jogo do tigrinho” é amplamente divulgado em plataformas de apostas online e aplicativos, atraindo usuários com promessas de prêmios elevados e alta rentabilidade. No entanto, em diferentes partes do Brasil, inclusive em Mato Grosso, já foram deflagradas diversas operações policiais para cumprir mandados contra influencers desconhecidos e outros até “famosinhos” por divulgarem o jogo de azar utilizando “contas de divulgação”. Ou seja, contas programadas para mostrá-los ganhando altas quantias no jogo em poucos minutos, algo que não ocorre na prática com pessoas anônimas.

 

Uma delas foi a Operação 777 deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso em novembro do ano passado para cumprir mandados de prisão de influenciadores digitais que promoviam o lançamento e divulgação de jogos de azar online, popularmente conhecidos por “jogo do Tigrinho”, e de rifas ilegais em suas redes sociais. À ocasião, foram expedidos oito mandados de prisão temporária, 11 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro e bloqueio de bens e de R$ 12,8 milhões pelos investigados. Todos os presos ganharam liberdade dias depois.

Nas redes sociais e portais de notícias tem sido comum ver relatos de pessoas que investem dinheiro da plataforma, não conseguem ter a mesma “sorte” e perdem altas quantias a ponto de se endividarem buscando empréstimos junto a amigos, familiares e até agiotas para tentar recuperar os valores perdidos na jogatina.

Vale ressaltar que especialistas em segurança digital alertam que muitas dessas plataformas operam de forma irregular, não possuem garantia de pagamento e podem ser utilizadas para golpes.