O entregador André Luis Pinto de Souza, de 23 anos, e a mulher dele, Tainara Cardoso de Araújo, de 21 anos, acusados do assassinato do próprio filho, devem ir a júri popular a partir de 8h desta terça-feira (14), no Fórum de Cuiabá.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o bebê tinha pouco mais de um mês quando foi morto.
O advogado que defende André, Augusto Cesar Carvalho Frutuoso, afirma que o caso se tratou de um acidente e acredita que poderá comprovar a inocência do rapaz no júri. O G1 não conseguiu contato com o advogado de Tainara.
Em 6 de janeiro de 2014, no Bairro Ribeirão do Lipa, André e Tainara discutiram na casa onde moravam. O bebê estava no colo da mãe quando foi tomado pelo pai que o arremessou contra um colchão que estava no chão.
Por dois dias a criança agonizou, teve febre, sofreu convulsões e não tinha apetite. Somente depois desse período os pais decidiram procurar ajuda de um pastor evangélico, que levou o bebê para um hospital.
Porém, a criança já chegou ao hospital sem vida, em um quadro de traumatismo craniano. Os funcionários da unidade chamaram a polícia depois que viram diversas marcas de mordidas profundas no corpo do bebê, principalmente na barriga, no rosto e na barriga.
Inicialmente somente André iria ser julgado, porém, com a conclusão de laudos de exames de insanidade mental feitos em Tainara, a Justiça de Mato Grosso compreendeu que não havia necessidade em desmembrar o processo e optou por um único júri.
Segundo o processo, que tramita pela Primeira Vara Criminal de Cuiabá, 'à época dos fatos a acusada era inteiramente capaz de entender a ilicitude de seus atos e era inteiramente capaz de terminar-se segundo este entendimento'.
O pai da criança aguarda por julgamento no Centro de Ressocialização de Cuiabá (antigo presídio Carumbé). Já a jovem está detida na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May.