Os sócios da empresa Imagem Eventos, Elisa Severino, de 51 anos, e Márcio Nascimento, de 49 anos, se apresentaram à Polícia Civil nesta quarta-feira (21). Ela se entregou na Delegacia de Polícia Civil de Maringá, Paraná, e ele em Cuiabá.
Márcio está no Fórum de Cuiabá, aguardando audiência de custódia com o advogado Wander Bernardes. Segundo a defesa do casal, não houve a intenção de lesar os formandos, mas a organização passa por uma crise econômica e financeira.
Ambos são acusados de golpes que totalizam R$ 7 milhões em prejuízo a formandos em Mato Grosso e outros estados. Elisa e Márcio são alvos da operação Ilusion, realizada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon). A ação é uma resposta às centenas de vítimas que tiveram eventos de formatura cancelados no final de 2024.
Os mandados de prisão estão sendo cumpridos nas cidades de Maringá (PR) e João Pessoa (PB), por policiais civis da Delegacia do Consumidor, com apoio de unidades das Polícias Civis locais. Os suspeitos são investigados por crimes contra o patrimônio, contra as relações de consumo e associação criminosa, com penas que podem chegar a até 13 anos de prisão, além de multa.
Na manhã de 31 de janeiro, os responsáveis pelas empresas Imagem Eventos (Márcio Nascimento) e Graduar Decoração e Fotografia (Elisa Severino) divulgaram uma nota informando o fechamento do estabelecimento, surpreendendo funcionários, formandos e seus familiares. Muitos haviam contratado os serviços das empresas investigadas e não esperavam o encerramento das atividades sem aviso prévio.
As investigações conduzidas pela Delegacia do Consumidor apontaram que aproximadamente mil formandos de mais de 40 turmas de diversas universidades e faculdades em Cuiabá, Várzea Grande e cidades do interior de Mato Grosso e Rondônia foram prejudicados, especialmente alunos de cursos de medicina, além de turmas de escolas públicas e particulares. O prejuízo total das vítimas ultrapassa R$ 7 milhões.
Segundo o delegado da Decon, Rogério Ferreira, ficou claro durante as investigações que os empresários sabiam que não conseguiriam cumprir os compromissos assumidos e planejarem o fechamento da empresa pelo menos quatro meses antes de efetivamente encerrá-la.
“Os investigados fecharam novos contratos, exigindo pagamento à vista, realizaram promoções, ocultaram mídias digitais de eventos que ainda não haviam sido entregues, com o objetivo de vendê-los posteriormente. Tudo isso para arrecadar valores que permitissem fechar a empresa e abandonar a cidade”, explicou o delegado.
Só verdade
Quarta-Feira, 21 de Maio de 2025, 13h40