Pai da universitária Isabella Cazado, de 22 anos, morta em São José do Rio Claro, a 325 km de Cuiabá, há mais de três meses, o comerciante Francisco Cazado disse chorar todos os dias desde a morte da filha e que não aprovava o relacionamento dela com o tratorista Rony Santos, de 23 anos, suspeito de cometer o crime junto com o irmão, Fernando Santos, que está preso. Já o ex-namorado de Isabella está foragido desde a data do homicídio.
"A gente chora todos os dias", revelou o pai. Ele disse que não aprovava o namoro. "Minha mulher nunca aprovou o namorado. Eu fingia que aprovava para não deixá-la chateada", contou.
Isabella planejava se mudar para Maringá (PR), onde mora a avó, após o término da faculdade de direito no final deste ano. "Ela não falava que queria ir embora por causa dele [Rony], mas a gente via que ela não estava satisfeita com o namoro", afirmou. Após o assassinato, a família descobriu que ela vinha sendo agredida pelo namorado e sofria ameaças dele e do irmão.
Uma das agressões, de acordo com o pai, ocorreu durante uma exposição agropecuária neste ano. "Ela tinha terminado o namoro, mas ele não aceitava. Ele a procurou na festa. Segurou no braço dela e disse: 'você vai voltar comigo hoje ou vou acabar com a sua vida agora?'. Ele deu três tapas no rosto dela e ela caiu na frente de várias pessoas. Minha mulher e eu estávamos em casa", relatou Francisco.
As agressões e ameaças teriam tido início três meses antes dela ser morta. Entre idas e vindas, o namoro durou um ano.
A mãe Silvia Cazado disse não entender o que levou o então namorado da filha, Rony Santos, a cometer o crime. Isabella foi morta por tiros disparados, segundo a Polícia Civil, por Rony e pelo irmão dele, Fernando Santos, que está preso.
A universitária foi assassinada na noite do dia 31 de maio deste ano quando estava no carro do namorado junto com ele e com o irmão, que estava no banco traseiro. Ela foi atingida por tiros no peito, na nuca e no maxilar.
“Por que ele fez isso com ela? Não tinha motivo”, declarou. No quarto da filha, ela disse emocionada que ainda não mudou nada. Os objetos e móveis continuam no mesmo lugar. "Tudo está do jeito que ela deixou", disse, ao mostrar os objetos em cima de uma escrivaninha. A família continua morando em São José do Rio Claro.
Segundo a polícia, as marcas de bala demonstram que os tiros foram disparados pelos dois acusados, que já tiveram as prisões decretadas e foram indiciados por homicídio qualificado, por motivo fútil e por não oferecer qualquer chance de defesa à vítima.
Depois de atirar na namorada, Roni levou a jovem até o irmão, de 16 anos, e pediu para que ele levasse a moça até o hospital da cidade. Enquanto ela era socorrida, o namorado fugia. Ele abandonou o carro na casa de uma tia e fugiu com uma motocicleta.
renato
Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015, 15h43