Polícia Sexta-Feira, 10 de Julho de 2015, 10h:10 | Atualizado:

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Comerciantes não gostaram de lei seca em VG

 

Diário de Cuiabá

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A “Lei da Vida”, aprovada anteontem em Várzea Grande, pode resultar no fechamento de diversos estabelecimentos da cidade ou, pior, no aumento de casos de suborno, alertou o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Mato Grosso. A aprovação da lei foi resultado de uma pressão da população local, sob a alegação de que fechar bares e restaurantes à meia-noite vai diminuir casos de violência na cidade. 

Conforme Luiz Verdun, um dos diretores do sindicato, a violência é um problema do Estado que, por sua vez, quer responsabilizar o empresário. “É um problema do Estado, município, não do empresário”, ressaltou. 

Outro ponto, segundo Verdun, seria o favorecimento dos proprietários de empreendimentos grandes. “A lei prevê que lugares considerados “abertos” devam fechar à 0h. Lugares fechados ficam até a madrugada. No entanto, estabelecimentos pequenos, se quiserem funcionar, vão ter que se adequar – e fechar o local custa caro, logo, o prejuízo é evidente”. 

No entanto, o diretor acredita que a medida não será tão eficaz. “Eles vão fiscalizar bares grandes, do centro, mas e os pequenos, que estão na periferia? E aqueles que também funcionam como bocas de fumo? Não tem como fiscalizar tudo, e há inúmeras formas de burlar a lei”, disse. 

No entender de Luiz, práticas de suborno podem aumentar. “Servidores se sentem ofendidos quando dizemos coisas desse tipo, no entanto, isso existe e não se pode negar. Deveríamos pensar em leis que não favoreçam essas práticas e, com a defasagem de efetivo que temos hoje, quem vai ser responsável em fiscalizar todos os estabelecimentos da cidade?”, questionou. 

Diz ele que não adiantará nada os bares fecharem e o consumo de bebida alcoólica continuar em outro lugar. “Hoje em dia a gente encontra bebida em vários lugares, a pessoa pode comprar e continuar bebendo em casa, não quer dizer que não vai acontecer nada”. 

Para a estudante universitária Simony Freitas, que frequenta a noite do município em companhia dos amigos, a medida é ineficiente. “Estranho, já que quem frequenta os bares da cidade costuma sair de casa por volta das 22h, então, a gente vai chegar, ficar menos de 1h e em seguida voltar para casa? Não faz sentido”, disse. 

Para ela, isso não vai impedir atos de pessoas de má-fé. “Não precisa muito para chegar em Cuiabá, onde os bares vão estar abertos. Na divisão das duas cidades está cheio de conveniências em postos, que vendem bebidas, acho que é o mesmo que tapar o sol com peneira, fora o prejuízo que irá causar aos comerciantes”, finalizou. 

A PL 18, ou “Lei da Vida, foi encabeçada pelo coronel Sérgio Coneza, que é responsável pelo Comando Regional 2, no município. O projeto foi aprovado por 15 vereadores, três se abstiveram e outros três não estavam presentes. A prefeita Lucimar Campos tem o prazo de 15 dias para analisá-lo, e assim, decidir se sanciona ou veta a lei. O projeto popular conta com mais de 9,7 mil assinaturas de várzea-grandenses. 





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