Diferentemente da versão exposta por Elizane Campos, esposa de Gilmar Machado da Costa, 44 anos, morto na manhã de quinta-feira (20) em um confronto com policiais militares durante a Operação Aqua Ilícita, o boletim de ocorrência registrado após a ação, consta que o suspeito resistiu à prisão e tentou descartar de mais de R$ 16 mil em dinheiro em espécie. O ‘líder comunitário’ do bairro Nova Conquista é investigado por crimes de extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A mulher usou as redes sociais para afirmar que o marido não ofereceu resistência à polícia. Segundo ela, o homem foi morto "peneirado" com seis tiros no peito. Ela estava com Gilmar na cama quando as equipes pediram para todos que estavam nos quartos saírem da residência.
Ela disse que Gilmar ficou dentro e que foi tudo muito rápido. Contudo, o boletim de ocorrência dá outra versão.
Narra o documento policial que os policiais cumpriram um mandato de busca e apreensão e um mandado de prisão contra Gilmar. Ao chegarem à residência, os agentes chamaram na entrada, mas não obtiveram resposta.
Pouco depois, um pacote foi lançado do segundo andar da casa para um terreno ao lado, onde foram encontrados R$ 16.413,00 em espécie. Dentro do imóvel, várias pessoas foram abordadas, e a esposa do suspeito afirmou que ele não estava no local.
No entanto, ao darem continuidade às buscas, os policiais ouviram barulhos vindos de um dos quartos. Ao tentar abrir a porta, perceberam que ela estava bloqueada por uma esteira.
Mesmo após a ordem para que fosse aberta, não houve resposta. Os agentes arrombaram a porta e, durante a varredura do cômodo, um policial foi surpreendido por disparos de arma de fogo feitos por Gilmar.
Os agentes pediram para que ele largasse a arma, mas o suspeito atirou novamente e foi então que os militares revidaram e atingiram o suspeito, que caiu no chão. Mesmo ferido, Gilmar ainda apresentou sinais vitais, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado.
Uma equipe médica realizou os primeiros atendimentos e providenciou a remoção de móveis para facilitar o socorro. No entanto, ao chegar ao local, um médico constatou o óbito.
A Polícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) foi acionada para realizar uma perícia no local. A arma utilizada pelo suspeito, uma pistola calibre .380 , foi apreendida pela enquanto os demais materiais recolhidos foram encaminhados ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para análise.
OPERAÇÃO ACQUA ILÍCITA – A operação visa combater a extorsão e a lavagem de dinheiro que estava prejudicando os comerciantes de água mineral. A prática tem elevado os preços para os consumidores e enriquecido criminosos do Comando Vermelho. As investigações apontaram para uma organização criminosa em expansão, que visa lucrar por meio de atividades ilícitas. O Serviço de Inteligência da Polícia Militar, em colaboração com agentes do Gaeco, constatou que os criminosos cobravam um alto preço pela liberdade e pelo controle econômico dos comerciantes.
Os comerciantes que não concordavam passavam a ser constrangidos e ameaçados de forma velada. O projeto da facção era dominar toda a distribuição de água, e o valor da taxa, que era de R$ 1 por galão, seria reajustado para R$ 2 ainda este ano. Embora tenha sido condenado a 6 anos e 9 meses de prisão por tráfico de drogas, Gilmarzinho foi homenageado em fevereiro de 2024 com uma Moção de Aplausos na Câmara, proposta pelo vereador Jefferson Siqueira (PSD). Em 2020, ele foi flagrado desenterrando drogas em uma região de mata e, supostamente, era responsável por abastecer "biqueiras" e "bocas de fumo".
Carlão Ferreira
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