Polícia Terça-Feira, 15 de Abril de 2025, 09h:32 | Atualizado:

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CASO EMILLY

Defesa de assassina alega que estupro na infância causou distúrbios

Estratégia é usada para pedir reconhecimento da inimputabilidade

YURI RAMIRES e VINICIUS MENDES
Gazeta Digital

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A defesa de Nataly Helen Martins Pereira, assassina confessa da jovem Emelly Azevedo Sena, pediu a instauração do incidente de insanidade mental e o reconhecimento da inimputabilidade dela. Como justificativa os advogados alegaram que um estupro sofrido por ela quando era criança, cometido por um parente, provocou distúrbios mentais que causam efeitos até hoje.

O crime ocorreu no último mês de março e Nataly foi presa algumas horas após ter cometido o crime, quando foi a um hospital com a criança retirada do ventre da vítima. Ela passou por audiência de custódia e na ocasião a defesa já havia pedido o exame de sanidade. 

Na resposta à acusação, encaminhada à 14ª Vara Criminal de Cuiabá na noite de ontem (14), a os advogados André Luís Melo Fort e Ícaro Vione de Paulo apontaram que Nataly não tem antecedentes criminais, tem residência fixa e é mãe de 3 filhos.
“Ademais, é portadora de distúrbios mentais, tendo sido vítima de estupro no ano de 2011 pelo tio de sua genitora, episódio traumático que resultou em depressão profunda, tentativa de suicídio e quadros recorrentes de surto psicótico”, pontuou.

Defendem que este histórico não pode ser ignorado. Afirmaram que ela sofre problemas decorrentes de: estupro intrafamiliar na infância; depressão crônica grave (com tentativas de suicídio); distúrbios afetivos severos (acompanhados de delírios); surtos psicóticos; e ausência de discernimento lógico. 

“Verifica-se, à luz de farta documentação e observações da defesa, que Nataly sofre de distúrbios mentais relevantes, cuja manifestação antecede e se prolonga até o presente momento, com forte impacto sobre sua capacidade de autodeterminação e entendimento da ilicitude dos atos praticados”, disseram ao pedir a instauração do incidente de insanidade mental e reconhecimento da inimputabilidade. 

Os advogados também pediram a realização de perícia oficial para comprovar a insanidade. 

O caso

Conforme noticiado pelo GD, Emelly saiu de casa no final da manhã do dia 12 de março, no bairro Eldorado, em Várzea Grande e avisou a família que estava indo para Cuiabá buscar doações de roupa na residência de um casal. Durante a noite, uma mulher apareceu no hospital com um bebê recém-nascido, alegando que era filho dela e que tinha dado à luz em casa. Mas, após exames, a médica do plantão confirmou que a mulher sequer esteve grávida. 

A mulher relatou a equipe médica que deu à luz em casa. Os profissionais observaram que a criança estava limpa e sem sangramento. Além disso, exames ginecológicos e de sangue demonstraram que a mulher não tinha parido recentemente. Ela também não tinha leite para amamentar a bebê. 

Polícia Militar foi acionada e descobriu que uma jovem de 16 anos estava desaparecida e o registro tinha sido feito no Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP. Diligências começaram e, na manhã de quinta-feira (13), os investigadores chegaram até uma casa no Jardim Florianópolis, onde o corpo de Emelly foi encontrado. 

Ele estava em uma cova rasa, no quintal. Vítima tinha lesões no corpo, mãos e pés amarrados, sacolas na cabeça e uma lesão no pescoço. Além disso, havia um corte enorme na barriga, em formato de 'T'. Perícia foi acionada e 4 pessoas foram detidas, entre elas, o casal que chegou no hospital. 

No decorrer do dia, a DHPP prendeu em flagrante Nataly Helen Martins Pereira, 25, que atacou Emelly e retirou a filha dela da barriga, depois, enterrou a menina no quintal.





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Comentários (5)

  • Cruel e fria esta assassina! Louca nada

    Terça-Feira, 15 de Abril de 2025, 13h51
  • Se fez escondido, nunca deverá ser chamada de louca! Louco anda pelado publicamente, rasga dinheiro e como merda, às vezes até de bicho.... Cadeia pra sempre.....
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  • Vg

    Terça-Feira, 15 de Abril de 2025, 13h37
  • Como pode um mostro desse ainda conseguir achar advogado???
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  • Camila

    Terça-Feira, 15 de Abril de 2025, 13h22
  • depois que mata fica louco, papagaiada
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  • Java

    Terça-Feira, 15 de Abril de 2025, 09h58
  • É revoltante observar como, em pleno Estado Democrático de Direito, certas defesas continuam explorando tragédias reais do passado para tentar justificar atos cruéis e deliberados do presente. A tentativa de vincular um estupro ocorrido na infância ao cometimento de um homicídio brutal, como se isso fosse suficiente para afastar a responsabilidade penal da acusada, é uma afronta à justiça, à vitima e à sociedade. Não se pode aceitar que um trauma, por mais doloroso que tenha sido, sirva como escudo para encobrir a frieza e a perversidade de um assassinato premeditado. Quantos brasileiros e brasileiras, infelizmente vítimas de abusos, seguem suas vidas sem jamais cometer atos bárbaros? A dor não pode ser usada como licença para matar. Essa manobra da defesa não é apenas covarde - ela é perversa, porque tenta transformar o agressor em vítima, numa tentativa desesperada de distorcer os fatos e emocionar a justiça. Justiça não se faz com apelos emocionais vazios, mas com responsabilidade, provas e respeito à vida. Que esse crime não seja relativizado. Que a acusada responda por seus atos com o peso integral da lei.
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  • Ricardo

    Terça-Feira, 15 de Abril de 2025, 09h44
  • Coitada! Vamos soltar ela! Na cova dos leões! Kkkkkkkkk
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