O desembargador da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ-MT), Paulo da Cunha, votou pela manutenção da prisão do sargento da Polícia Militar, Joailton Lopes de Amorim, do cabo Lucélio Gomes Jacinto e do soldado Werney Cavalcante Jovino. Eles são acusados de assassinar o tenente Carlos Henrique Paschiotto Scheifer numa possível emboscada em maio de 2017. O crime ocorreu no município de Matupá (694 KM de Cuiabá), durante uma operação policial.
O julgamento, porém, não foi concluído na sessão de julgamento desta terça-feria (30) após o pedido de vista – ou seja, a solicitação para analisar o caso e proferir um voto mais fundamentado -, do desembargador Orlando Perri.
Em seu voto, o magistrado Paulo da Cunha concordou com os argumentos do juiz de 1ª instância, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, Marcos Faleiros, que decretou a prisão do trio de policiais no dia 16 de março de 2019. De acordo com a denúncia, Carlos Henrique Paschiotto Scheifer foi vítima de uma “emboscada” de seus companheiros.
Ele comandava uma operação policial contra criminosos do chamado “Novo Cangaço”, no município de Matupá. “A vítima era muito legalista, disseram os policias, e poderia prejudicar os acusados. A vítima sofreu uma emboscada pelos próprios companheiros”, explicou o desembargador Paulo da Cunha.
De acordo com informações dos autos, o sargento, o cabo e o soldado teriam assassinado um civil suspeito, que estava sendo perseguido pela polícia, mas que já havia sido dominado pelos agentes de segurança. Carlos Henrique Paschiotto Scheifer, ao dizer que reportaria o caso aos superiores da PM, acabou despertando o temor dos colegas sobre eventuais retaliações no âmbito da corporação.
Ainda segundo a denúncia, o trio de PMs, logo que assassinou o tenente, reportou que Carlos Henrique Paschiotto Scheifer teria sido morto por bandidos – fato que motivou o deslocamento de dezenas de agentes de própria PM, e também da Polícia Judiciária Civil, para a região de Matupá. A suspeita contra os agentes, porém, ficou mais evidente após o resultado do exame de perícia, que constatou que o projétil que matou Scheifer saiu do fuzil utilizado pelo cabo PM Lucélio Gomes Jacinto.
“Analisando os termos da prisão, ela está calcada na gravidade concreta do delito pois [os acusados] teriam executado outro militar hierarquicamente superior, apresentado na sequência informações falsas”, explicou o desembargador Paulo da Cunha.
Com o pedido de vista do desembargador Orlando Perri, o caso deve voltar a pauta na 1ª Câmara Criminal só após a análise do magistrado, que não tem data para ocorrer. A defesa dos policiais defende que a morte não ocorreu de forma dolosa (intencional), e que foi um “acidente”.
Tc
Quinta-Feira, 02 de Maio de 2019, 14h20Guilherme
Quinta-Feira, 02 de Maio de 2019, 13h23Jos?
Quinta-Feira, 02 de Maio de 2019, 13h08Bredhot
Quinta-Feira, 02 de Maio de 2019, 11h49Cpa
Quinta-Feira, 02 de Maio de 2019, 11h37