Polícia Sexta-Feira, 29 de Setembro de 2023, 20h:31 | Atualizado:

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SÉTIMO COBRADOR

Empresário é indiciado pela PC por jogar garrafa em vendedor em posto em Cuiabá

Investigação da PC descobriu atuação de empresário em extorsão

ALEXANDRA LOPES
Da Redação

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O empresário José Lauro Tiago, que atua no ramo de montagem de móveis em Cuiabá, é um dos sete indiciados pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá no âmbito da Operação Piraim, que investiga um grupo criminoso que açoitou o vendedor de joias Leandro Justino durante a cobrança de uma dívida. Dos nomes envolvidos no fato que aterrorizou o país, José Lauro é o único que ainda não havia sido revelado.

A Polícia Civil, através da investigação do delegado Guilherme de Carvalho Bertoli e equipe, chegou ao nome de José Lauro após Leandro revelar em depoimento que ele jogou uma garrafa de água em seu rosto dentro da conveniência de um posto de gasolina na saída para rodovia MT-251 no mesmo dia em que foi chicoteado pela "Gangue do Chicote".  O suspeito, contudo, disse que agrediu a vítima por pensar que "Moquinha" riu dele. 

Além de José Lauro Tiago, também foram indiciados os empresários Bruno Rossi Penazzo, que está preso, e Rafael Geon de Souza, que foi solto no mesmo dia, pelo juiz João Bosco Soares da Silva que levou em consideração ele ter um filho autista de cinco anos e uma esposa grávida de 8 meses internada. Dos cobradores, um está preso Sérgio da Silva Cordeiro e outros três - José Augusto Figueiredo, Benedito Luiz Figueiredo e Guilherme Augusto Ribeiro - foragidos. 

Em depoimento à PC, José Tiago mencionou que Leandro devia um Rolex para o educador físico Gabriel de Vasconcelos Martins, que não foi indiciado. O assunto veio a ser revelado quando Leandro instalava móveis na casa de Gabriel.

José Tiago afirmou que, em 4 de maio, ao se aproximar de um tumulto no Posto Bom Clima, percebeu que Leandro Justino estava sendo cobrado pelos suspeitos em relação as dívidas. Nesse contexto, José Tiago questionou Leandro sobre o Rolex que ele devia a Gabriel e a risada por parte de Leandro foi o motivo pelo qual lançou uma garrafa de água em sua direção.

No entanto, ele negou que Gabriel Vasconcelos tenha solicitado qualquer tipo de cobrança a ele. “Deslocou com Benedito, José Augusto, Guilherme, Sérgio, Bruno e Rafael até o local onde as agressões ocorreram. Por fim, asseverou que Gabriel nunca solicitou que o interrogando realizasse algum tipo de cobrança”, traz trecho do depoimento. 

Gabriel também foi ouvido. Em seu depoimento, obtido com absoluta exclusividade pelo FOLHAMAX, ele negou veementemente qualquer envolvimento com o grupo.

Afirmou  que conhece o suspeito José Lauro, pois ele foi quem fez os móveis de sua residência. Asseverou que chegou a comentar com o indiciado sobre a dívida e que não conseguia receber da vítima, “porém em momento algum solicitou qualquer tipo de ato de cobrança por parte do suspeito".

TARDE DE TERROR

Gabriel confirmou que a vítima Leandro lhe deve a quantia de R$ 44 mil. Em seu depoimento, Leandro detalhou as agressões que sofreu e destacou que o suspeito José Lauro chegou ao local e jogou uma garrafa de água em seu rosto, afirmando estar agindo a mando de Gabriel.

Segundo a vítima, ele foi até o posto Bom Clima para se reunir com Benedito e Bruno com o objetivo de negociar dívidas. No entanto, ele sofreu pressões psicológicas e ameaças por parte dos cobradores.

"Posteriormente chegaram os suspeitos Rafael, Sérgio, José Augusto e Guilherme. Sérgio começou lhe agredir com porradas, ocasião em que Benedito e Sérgio se apoderam de uma caminhonete Chevrolet S10 de propriedade de seu genitor e estava estacionada no referido posto. Salientou que o suspeito José Lauro chegou ao local e jogou uma garrafa de água em seu rosto, sendo que tal suspeito afirmou que estava a mando de Gabriel. Asseverou que todos suspeitos realizavam pressões psicológicas e ameaças e, por estarem em local público e com receio de alguém acionar a polícia, obrigaram a entrar num veículo Dodge Ram, cor branca, conduzida por Benedito e acompanhado dos suspeitos José Augusto e Sérgio e foram até o local das agressões. Afirmou que durante o percurso, o suspeito Sérgio pegou o aparelho celular e obrigou a abrir os aplicativos dos bancos, sendo que não realizaram transações, uma vez que não possuía saldo em conta. Os criminosos acessaram conversas e fotos pessoais constantes no aparelho celular. No local das agressões estavam os suspeitos Bruno, Benedito, Guilherme, José Augusto e José Lauro", traz trecho do depoimento.





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Comentários (1)

  • Justo Silva

    Sexta-Feira, 29 de Setembro de 2023, 22h00
  • essa.operacao já virou palhaçada. A turma foragida, a PC não dá conta de prender esses ladrões pé de chinelo e esse delegado passando atestado. Affffff. Que vergonha.
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