A Associação Nacional das Defensoras e dos Defensores Públicos (ANADEP) e a Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado de Mato Grosso repudiaram a ação da Polícia Militar que expulsou de 74 famílias sem-terra de uma fazenda ocupada em Novo Mundo e São José do Xingu e terminou nas prisões da defensora pública Gabriela Beck, do padre Luís Cláudio da Silva, da prelazia de São Félix do Araguaia, e de outras 12 pessoas.
Além disso, um homem de 47 anos teve o braço quebrado na ação, ao supostamente, tentar fugir dos policiais militares, necessitando de atendimento médico-hospitalar. Outras doze pessoas foram presas por desacato. Conforme as entidades, a ação ocorreu sem ordem judicial e a defensora foi detida de maneira ilega, violando o disposto do artigo 128, II da Lei Complementar Federal 80/94.
"Nesse contexto, há indicativos que houve excessos e que o episódio não somente revela o autoritarismo do Poder Público, o manifesto descumprimento das normativas sobre o assunto e a marginalização de direitos fundamentais, como o desprezo violento pelo trabalho de membros da Defensoria Pública do Mato Grosso", acusa a nota.
De acordo com a Polícia Militar, durante a ação foi apreendida uma espingarda calibre 20, munições deflagradas, esferas de aço e pólvora e produtos usados na recarga de armas. Conforme a corporação, os ocupantes da fazenda também estavam armados com facas, facões e armas artesanais, incluindo um bastão de beisebol com pregos fixados em uma das extremidades.
No entanto, as insituições alegam que os agentes agiram de forma truculenta e exigem que providências sejam tomadas. "Que todas as medidas legais sejam analisadas, providenciadas e que haja uma resposta firme das autoridades contra toda e qualquer forma de violência por agentes do estado que devem permear sua atuação no bem-estar social. As entidades tomarão as medidas cabíveis em respeito à população vulnerável e em respeito às prerrogativas funcionais dos defensores públicos envolvidos", afirma.
VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA
A Associação Nacional das Defensoras e dos Defensores Públicos (ANADEP) e a Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado de Mato Grosso vêm a público repudiar os atos de violência cometidos, nessa segunda-feira (27/5), pela Polícia Militar do Estado durante despejo de 74 famílias na chamada Fazenda Cinco Estrelas, localizada no Norte do estado.
A ação, que ocorreu sem ordem judicial, foi marcada por forte truculência policial que culminou, inclusive, na prisão ilegal de uma defensora pública que atuava na área, violando o disposto do artigo 128, II da Lei Complementar Federal 80/94.
Nesse contexto, há indicativos que houve excessos e que o episódio não somente revela o autoritarismo do Poder Público, o manifesto descumprimento das normativas sobre o assunto e a marginalização de direitos fundamentais, como o desprezo violento pelo trabalho de membros da Defensoria Pública do Mato Grosso.
Importante lembrar que o Estado brasileiro possui histórico de violência policial quando se trata do direito à luta pela reforma agrária, sendo recentemente condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos pelo uso desproporcional da força por agentes de segurança pública no estado do Paraná (PR), no caso Tavares Pereira vs. Brasil (sentença de 16 de novembro de 2023).
Diante da grave situação relatada, a ANADEP e a AMDEP exigem que todas as medidas legais sejam analisadas, providenciadas e que haja uma resposta firme das autoridades contra toda e qualquer forma de violência por agentes do estado que devem permear sua atuação no bem-estar social. As entidades tomarão as medidas cabíveis em respeito à população vulnerável e em respeito às prerrogativas funcionais dos(as) defensores(as) públicos(as) envolvidos.
Diretoria da AMDEP
MAIO DE 202
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