Polícia Domingo, 03 de Agosto de 2025, 13h:20 | Atualizado:

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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Ex-deputado de MT está proibido de se aproximar da filha e da ex-esposa

Ele é acusado de praticar agressões físicas e psicológicas

Da Redação

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Daltinho

O ex-deputado estadual de Mato Grosso, Adalto de Freitas, conhecido como Daltinho, está proibido de manter contato ou se aproximar da ex-esposa e da filha menor de idade, que se mudaram para outro estado para fugir do agressor. A determinação é da Justiça do Tocantins, conforme decisão proferida pelo juiz Antiógenes Ferreira de Souza, da Vara de Combate à Violência Doméstica Contra a Mulher de Palmas. 

As duas vítimas acusam o ex-parlamentar de agressões físicas e psicológicas ocorridas em 2009. A decisão que reforça as medidas restritivas que agora se estendem à menor foi proferida em junho deste ano.

A defesa da mulher vítima informou que ela vivia em um relacionamento considerado "tóxico e abusivo", marcado por violência física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Os advogados também afirmaram que a filha do casal teria sido agredida e humilhada pelo pai

Segundo o site Mídia News, na petição, o advogado relata diversos maus-tratos contra a menor, incluindo episódios nos quais ela afirmou que o pai dizia que iria fazer xixi na cara dela, além de ter pego na cabeça dela com violência, levantando-a com raiva, e de ter confiscado tudo o que ela gosta. De acordo com a acusação, toda vez que a mãe tentava defendê-la do pai, ela também era agredida pelo homem. 

O advogado da ex-mulher disse que Daltinho acha que é muito influente em Mato Grosso. Segundo ele, Daltinho é um dos homens mais ricos e, na opinião da ex-mulher, costuma ameaçar as pessoas e usar sua riqueza para conseguir o que quer.

Ela explicou que a situação era tão assustadora que teve que sair de Barra do Garças e se mudar para Palmas (TO) porque tinha medo de ser morta. Ela contou que Daltinho dizia várias vezes que, ao sair de casa, ela poderia ser sequestrada, abusada, morta, ou sofrer um acidente de carro.

"Sendo certo que é um dos homens mais ricos, bem como, segundo descreve a Requerente, costuma ameaçar as pessoas, bem como utilizar de seu poder econômico para atingir seus desejos. Assim, resta transparente, Excelência, que as Requerentes vivem uma situação gravíssima, com alto risco de feminicídio, pois várias vezes o Réu dizia para Autora, que ao sair de casa, ela poderia ser sequestrada, estuprada e morta; que poderia acontecer um acidente de carro”, consta na petição. 

O juiz explicou que a lei atual exige que as medidas de proteção continuem, porque o risco para ela ainda existe. Por isso, ele decidiu manter as medidas anteriores e as regras contra Daltinho foram reforçada. "De modo que consoante a superveniência legislativa, nesta fase se faz mister a manutenção, já que o contexto inicial indicou a prevalência quanto ao risco potencial, derivando no deferimento das medidas proibitivas. Diante do exposto, fica ratificada a decisão concessiva do evento 8, com a extensão das medidas proibitivas em complemento ampliativo, abrangendo também a menor”, escreveu o magistrado na decisão.





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