O delegado Guilherme Bertoli, da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (Derfva), que está à frente das investigações sobre o homicídio da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, afirmou que o DNA de todos os envolvidos no crime foi coletado e que esse exame poderá apontar quem cometeu o abuso sexual contra a jovem. 

Nesta sexta-feira (25), Bertoli revelou que um exame necrópsico constatou lesões na região genital de Heloysa. O falso sequestro, execução e o abandono do corpo da garota em um poço foram praticados a mando de Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos, ex-gerente de Transportes da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Informação (Seciteci), que era namorado de Suelen de Alencastro, mãe da vítima. 

Ele, o filho dele, Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, de 18 anos, e dois adolescentes de 16 e 17 anos são investigados pela Polícia Civil. Benedito e Gustavo estão presos na Penitenciária Central de Cuiabá (PCE). O ex-servidor tenta culpar a mãe da adolescente pela morte de Heloysa. Ainda não se sabe a real motivação do crime. 

Questionado se com a descoberta o quarteto seria ouvido novamente, o delegado afirmou que não.  “Não iremos mais [ouvi-los]. Foram coletados materiais biológicos de todos, iremos aguardar. O inquérito será concluído pela Derfva. As vítimas [Suelen e uma amiga] reconheceram os dois adolescentes hoje pela manhã", declarou ao FOLHAMAX. 

O plano era matar mãe e filha, mas Suelen chegou tarde em casa. Ela estava acompanhada de uma amiga e um bebê, que foram poupados. Suelen foi espancada. Heloysa já estava morta quando a mãe chegou em casa. O corpo foi encontrado dentro de um poço no bairro Ribeirão do Lipa. O perito Manoel Messias informou que a causa da morte da jovem foi asfixia, provocada por um cabo USB.