Faccionadas de MT foram abrigadas no Complexo da Maré, no RJ

 

Foragidas há quase dois anos da Polícia Civil de Mato Grosso, Priscila Moreira Janis, a ‘Mana Isa’ - de blusa vermelha - e Ingride Fontinelles Morais, a ‘Mulher do Bruchudo’, foram abrigadas por faccionados no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Lideranças da facção no Estado, a Segurança Pública estima que cerca de 100 homicídios foram cometidos a mando de Mana Isa. O número não foi confirmado e os crimes seguem em investigação.

Ação conjunta da Polícia Civil de MT e do RJ prendeu Mana Isa e Ingride um em shopping, em Jacarepaguá, neste domingo (3). Títular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), delegado Gustavo Belão, contou que as duas estavam sendo mantidas no RJ pelas lideranças da facção local, mas também por recursos próprios. Vídeo registrou a chegada delas na delegacia - assista abaixo. 

“Elas já tinham diversos mandados de prisões expedidos pela Justiça de Mato Grosso e, por consequência, fogem para o Rio de Janeiro para ficarem, entre aspas, protegidas nas comunidades”, ressaltou Belão. O trabalho conjunto possibilitou que a prisão fosse feita fora do Complexo da Maré.

O delegado ressaltou ainda que Mana Isa é responsável diretamente, segundo investigações, pelo aumento do índice de homicídios em Sorriso – onde ela atuava na liderança da facção. “Ela é uma das responsáveis por esse aumento estrondoso de homicídios. Então, é uma prisão muito importante para Mato Grosso. Acreditamos que essa prisão vai refletir diretamente na redução dos índices de criminalidade”, destacou.

Polícia destaca ainda que, mesmo foragidas no RJ, elas continuavam ordenando crimes na região Norte de Mato Grosso. Ingrede foi presa por organização criminosa e tráfico de drogas. Já Mana Isa foi presa por organização criminosa e homicídio. Mana Isa se tornou líder da facção em 2022 e atuava em Sorriso.

Conhecida por ser ‘extremamente violenta’ – mesmo para os padrões da facção’, ela causou uma ruptura no grupo criminoso e criou uma facção rival, composta por quem não concordava com a quantidade de ‘salves’ e ‘decretos’.