O advogado Rodrigo Pouso, que patrocina a defesa do policial militar Ivan Guimarães da Silva, de 48 anos, em entrevista ao programa "Programa do Pop", da TV Cidade Verde, afirmou que acredita que a Polícia Penal possa ter cometido um equívoco ao soltar o cliente. Segundo ele, isso porque, quando Ivan foi preso por ajudar a ex-mulher, Evelyn Poliana de Oliveira, de 24 anos, a fugir após ela esfaquer uma rival em um mercado em Várzea Grande, Ivan foi flagrado com uma arma de fogo sem registro.
O advogado, ao consultar o alvará, entendeu que a liberação estaria relacionada ao crime do porte ilegal e não a tentativa de homicídio. "O senhor Ivan não está foragido. No dia 24 de maio, ele e Evelyn foram a uma audiência de custódia. No caso do Ivan, quando cumpriram o mandado de prisão preventiva e encontraram uma arma com ele sem registro. Ele estava preso preventivamente pelo mandado de prisão e também foi preso em flagrante por porte de arma de fogo sem registro. Fomos à audiência de custódia. Eu costumo dizer que a audiência de custódia é para flagrante e audiência de apresentação, é quando tem prisão preventiva. Então, estava com duas prisões para essa audiência. Quando o juízo fez a audiência ele fez a audiência das duas prisões", explicou.
Ivan estava preso na cadeia pública de Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá). A soltura dele veio à nota nesta terça-feira (3).
Evelyn ainda se encontra presa no Presídio Feminino Ana Maria do Couto, em Cuiabá. "O que aconteceu após a audiência foi que Ivan foi transferido para a cadeia pública de Chapada dos Guimarães, onde fica policiais militares. Ele estava cumprindo a determinação de prisão preventiva. No dia 26, ele me ligou e informou que havia sido solto. Não entendi essa soltura e pedi pra ele mandar o alvará de soltura. Acho que cumpriram ai sua soltura de forma errada. Eu acho que quando mandaram esse alvará cumpriram sem fazer pesquisa. Ele é leigo na parte documentação e foi embora. Quem soltou seo Ivan foi o Estado. Em nenhum momento ele pulou muro, foi solto com o alvará. Agora, tem que apurar de quem foi o erro, o erro não foi dele", finalizou.
Evelyn Poliana e Ivan foram presos em 23 de maio pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), durante o cumprimento de mandados de prisão preventiva expedidos pela 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, pelo crime de tentativa de homicídio qualificado. A prisão do militar contou com o acompanhamento da Corregedoria da Polícia Militar.
A suspeita confessou a autoria do crime, alegando que possuía desentendimentos anteriores com a vítima. Já o militar afirmou que acompanhava a ex-companheira no dia dos fatos, porém negou participação direta no ataque.
O crime ocorreu em 30 de abril, quando a vítima, como fazia rotineiramente, foi ao supermercado comprar pão antes do trabalho. No caminho, percebeu que estava sendo seguida por uma caminhonete Toyota Hilux, na qual estavam os dois suspeitos.
A vítima foi abordada pelo casal na porta do estabelecimento, sendo inicialmente atingida com uma arma de choque e, em seguida, por golpes de faca nas costas e nos braços. O homicídio somente não se consumou porque a faca quebrou, permitindo que a vítima conseguisse correr para dentro do supermercado.
No mesmo final de semana dos fatos, o casal compareceu à Central de Flagrantes de Cuiabá, na presença de um advogado, sendo dificultada a realização da prisão em flagrante devido à apresentação espontânea. Assim que tomou conhecimento dos acontecimentos, a equipe da DHPP iniciou as investigações, por meio de análise de câmeras de segurança e oitivas de testemunhas.
Ficou evidente o envolvimento do casal no crime. As imagens do circuito de segurança do supermercado e do programa "Vigia Mais MT" são claras e demonstram a perseguição, a atuação conjunta dos suspeitos e a tentativa criminosa.
Janilson
Quinta-Feira, 05 de Junho de 2025, 09h37batista
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Quinta-Feira, 05 de Junho de 2025, 06h01Cuiaba
Quinta-Feira, 05 de Junho de 2025, 04h10Ricardo
Quarta-Feira, 04 de Junho de 2025, 22h39