Polícia Terça-Feira, 24 de Junho de 2025, 07h:16 | Atualizado:

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SHORT CODE

Grupo é alvo da PC por "ataques virtuais" aos diretores da Unimed de Cuiabá

Bando é suspeito de rombo de R$ 400 milhões em cooperativa

Da Redação

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A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), deflagrou, na manhã desta terça-feira (24), a Operação Short Code, para combater crimes cibernéticos e campanhas difamatórias contra a atual diretoria de cooperativa de plano de saúde Unimed de Cuiabá. Na operação, são cumpridas ordens judiciais contra uma rede de desinformação ligada à antiga gestão de cooperativa de saúde, em endereços nos Estados de Mato Grosso e Goiás.

Um dos alvos é o marketeiro Maurício Coelho, que foi alvo de busca e apreensão em seu apartamento no edifício Forrest Hill na rodovia MT-251. Ele estaria atuando no comando dos "fake news".

Entre os crimes investigados, estão associação criminosa, injúria, difamação e calúnia, sendo os três últimos na forma qualificada. Com base nas investigações, foram expedidos mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal, com autorização para acesso a dispositivos eletrônicos e afastamento de sigilo de dados telemáticos.

Os alvos incluem residências em Cuiabá e Aparecida de Goiânia (GO). Os mandados foram expedidos com base em investigações relacionadas a inquérito policial instaurado na DRCI, após a detecção de disparos massivos de mensagens SMS com conteúdo difamatório, a partir de um site específico.

As mensagens utilizavam serviços de “short codes” (números de telefone que empresas usam para enviar e receber mensagens em massa, frequentemente usados para marketing, promoções, serviços de atendimento ao cliente) para atrair médicos cooperados a acessar o conteúdo, que continha acusações anônimas contra os atuais diretores da empresa. As publicações tinham como objetivo destruir a imagem da nova diretoria, que assumiu a cooperativa após uma auditoria identificar um rombo de R$ 400 milhões nas contas do exercício do ano de 2022.

As investigações revelaram que os disparos de SMS partiram de empresas de marketing digital sediadas fora do estado, mas vinculadas a pessoas com ligação direta à antiga gestão do plano de saúde em Mato Grosso. Os alvos foram vinculados ao uso de linhas telefônicas e serviços de envio de mensagens por meio das plataformas Infobip, MaxxMobi, Ótima Technology e MEX10 Digital, inclusive na empresa apontada como financiadora dos disparos, cujo pagamento foi rastreado até os envolvidos.

O conteúdo das mensagens era divulgado sob o pseudônimo “Edmond Dantès” — personagem da literatura que simboliza vingança —, e o site foi hospedado fora do Brasil, dificultando a responsabilização direta. A ação contou com o apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) do Estado de Goiás e da Coordenadoria de Enfrentamento ao Crime Organizado da Polícia Civil, que fez a interlocução com o Poder Judiciário e o Ministério Público.





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