A operação Falsus Deviatis, deflagrada nesta terça-feira (29) pela Polícia Federal, Receita Federal e Polícia Civil, desvendou um esquema criminoso que usou 17 CNPJs para esconder a venda de eletrônicos falsificados e importados ilegalmente em shoppings de Cuiabá e Várzea Grande, envolvendo as redes FCell e Brasiphone.
Durante uma coletiva de imprensa, o delegado Rogério Ferreira, da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), explicou que a investigação começou após representantes das marcas prejudicadas denunciarem o crime. As denúncias foram feitas por advogados que representam essas marcas no Brasil.
Os consumidores que acreditam ter sido enganados podem procurar o Procon Estadual, o Procon Municipal ou o Judiciário, pois há suspeitas de que a rede vendia acessórios de celular como se fossem originais, quando na verdade eram falsificados.
Fabrício Fernando Diogo Braga, superintendente da PF em Mato Grosso, informou que, embora houvesse 17 CNPJs, na verdade se tratava de uma única empresa que usava esses números para movimentar dinheiro e vender os produtos. "Ao todo, são 17 CNPjs, mas na verdade se trata de fato de uma única empresa e ela se valia de 17 CNPJs para fazer a movimentação financeira e venda dos produtos", informou.
Durante a operação, foram apreendidos dois carros de luxo, sendo uma Lamborghini e uma McLaren, além de bolsas, relógios e cerca de R$ 1,5 milhões em produtos falsificados. Os itens apreendidos incluem celulares, tablets e acessórios, muitos dos quais tinham selos falsificados da Anatel.
Cerca de 65 policiais federais, 72 policiais civis e 56 auditores fiscais da Receita Federal participaram da ação, cumprindo 21 mandados de busca e apreensão, além de sequestrar bens móveis e imóveis.As ordens judiciais vieram da 5ª Vara Federal Criminal de Mato Grosso, após investigações e representações fiscais da Receita Federal, que encontrou irregularidades nas unidades da rede de eletrônicos.
A operação também revelou que o grupo usava "laranjas" para ocultar a verdadeira propriedade das empresas e dos bens adquiridos. Os investigados podem enfrentar acusações de descaminho, contrabando, associação criminosa, lavagem de dinheiro e concorrência desleal, entre outros crimes relacionados ao consumo de produtos impróprios.
Showman
Terça-Feira, 29 de Abril de 2025, 23h34Luiz Carlos Dalborga
Terça-Feira, 29 de Abril de 2025, 19h34