Investigador da PC dá tiros ao alto e ameaça matar jovens em Cuiabá

 

Um investigador da Polícia Civil de 47 anos, identificado apenas pelas iniciais E.L.R, está sendo acusado de atirar para o alto quatro vezes e ainda ameaçar que estourar a cabeça de jovens durante a noite desta terça-feira (3), em Cuiabá. Os jovens, uma garota de 19 anos e um rapaz de 18 anos, afirmam ainda que o investigador agrediu os amigos deles com golpes de coronhada.

A Polícia Militar foi acionada, mas o policial se recusou a colaborar e a Corregedoria da PJC teve que intervir na situação. Conforme boletim de ocorrência da Polícia Militar, os disparos ocorreram próximo ao condomínio Mônaco.

O suspeito estava em um veículo Argo e, após a confusão com os jovens, saiu gritando, ameaçando-os, e depois entrou no condomínio. A equipe da PM conversou com os vigilantes do condomínio, que acompanharam os policiais e indicaram a residência onde o veículo estava parado.

Tratava-se de um Fiat Argo de cor branca, que não constava no registro do Departamento de Trânsito. O veículo era oficial, porém descaracterizado.

Os policiais chamaram o investigadoro, que apareceu na porta usando colete balístico e, aparentemente, portando uma arma de fogo. Contudo, ao receber a ordem para sair e explicar a situação, ele trancou-se na residência, afirmando que ninguém o tiraria dali, que não sairia de casa e que não colaboraria com a PM.

A equipe então acionou o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a Corregedoria da Polícia Civil, que enviaram uma viatura com dois policiais. Eles conseguiram convencer o suspeito a acompanhá-los até a Central de Flagrantes.

Não foi necessária a intervenção do Bope, e a solicitação foi cancelada. As vítimas relataram que estavam próximas ao condomínio quando o suspeito chegou e efetuou quatro disparos para o alto, além de ameaçá-las, gritando que, se as encontrassem na rua, estouraria as cabeças delas no tiro.

Após os disparos, ele apontou o laser da arma para todos os presentes, afirmando que era para eles correrem sem olhar para trás ou levariam um tiro. Nesse momento, o investigador agrediu um de seus amigos com um golpe que acreditam ter sido uma coronhada, embora essa pessoa não tenha esperado pela PM ou registrado ocorrência.

As vítimas relataram que, a todo momento, eram agredidas verbalmente e ameaçadas de morte. O suspeito negou ter efetuado os disparos, alegando que se tratava de uma pistola de airsoft.

Além disso, durante buscas no local onde os disparos teriam ocorrido, a PM encontrou uma cápsula deflagrada de calibre 9mm e outra semelhante, que foi entregue por uma testemunha, afirmando tê-las coletado no local.