O tesoureiro do Comando Vermelho (CV-MT), Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como W.T., teve a prisão mantida pela juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá. A informação consta em decisão publicada nesta quarta-feira (7). Witer está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), na capital.
O criminoso é suspeito de movimentar pelo menos R$ 65,9 milhões da facção, montante que era utilizado para comprar imóveis e carros de luxo como forma de lavar o dinheiro do crime. Ele foi o principal alvo da Operação Apito Final, deflagrada em abril de 2024 pela Polícia Civil, que desmantelou um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
W.T. é apontado como homem de confiança de ‘Sandro Louco’, que por sua vez é o ‘líder supremo’ do Comando Vermelho no Estado. O tesoureiro possui seis condenações, todas executadas pela prática dos crimes de roubo, lavagem de capitais e organização criminosa, que, somadas, ultrapassam 50 anos de condenação. A juíza usou essas condenações para negar o pedido de liberdade.
Ainda conforme a magistrada da 7ª Vara, Paulo Witer Farias Paelo, que está preso desde 29 de março de 2024, não apresentou novos motivos que justifiquem o pedido de revogação da prisão preventiva e ou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas da prisão.
"Não bastasse, o acusado possui 6 (seis) condenações, todas executadas , pela prática dos crimes de roubo, lavagem de capitais e organização criminosa que, somadas as penas, ultrapassam 50 (cinquenta) anos de condenação. Outrossim, não há nos autos qualquer informação nova, alterando a realidade fática anteriormente demonstrada, tornando excessiva ou mesmo equivocada a decisão que decretou a prisão preventiva do acusado, de forma a ocasionar a revogação desta, razão pela qual, REVISO e MANTENHO a prisão do réu Paulo Witer Farias Paelo, mantendo-o na prisão que se encontra", traz despacho.