A juíza da Vara Especializada Contra o Crime Organizado de Cuiabá, Selma Rosane dos Santos, decretou a prisão preventiva de quatro integrantes da “família Pagliuca”. O clã é acusado de comandar o tráfico internacional de drogas em Mato Grosso e outros Estados.
Os alvos das prisões são: Adalberto Pagliuca Filho, Adalberto Pagliuca Neto, Regina Célia Cardoso Pagliuca e Regis Aristide Pagliuca. A decisão contra eles diz respeito a negociação de sentenças, desbaratado na Operação Assepsia, para liberá-los da prisão, em 2013. Desde então, a família está foragida.
“A condição de foragidos dos acusados por mais de um ano, comprovadamente demonstrada nos autos, é fundamentação suficiente a embasar a manutenção da custódia preventiva, ordenada para assegurar a conveniência da instrução criminal e para garantir a aplicação da lei penal”,
O esquema foi desvendado com a deflagração da Operação Assepsia, pelo Gaeco. Na ocasião, também foram investigados outros cinco integrantes da família, o vereador cassado, João Emanuel, o estudante de direito Marcelo Santana, o advogado Almar Busnello, o empresário Milton Rodrigues, o servidor do TJ Clodoaldo Souza Pimentel, José Maria Machado e Ailton Rodrigues de Pádua.
De acordo com a denúncia da Operação, a família, que estava presa, com o apoio dos advogados e de servidores do Tribunal de Justiça tentou subornar um assessor de gabinete de um juiz para concessão de um habeas corpus.
A negociação girou em torno de R$ 1,5 milhão. Todavia, ela só ocorreu após decisão do desembargador Manoel Ornelas, num plantão de domingo.
O habeas corpus foi revogado uma semana depois. Todavia, desde então, apenas um integrante da “família do pó” está preso.