Polícia Sexta-Feira, 06 de Junho de 2025, 17h:28 | Atualizado:

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BANDIDO DE FARDA

Justiça nega guarda de crianças à família de militar que matou esposa

 

ANA JÚLIA PEREIRA
Gazeta Digital

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A desembargadora Serly Marcondes Alves, da 4ª Câmara de Direito Privado, negou o pedido da familiares do policial militar Ricker Maximiano de Moraes, 33, para ficar com a guarda dos filhos do agente preso, duas crianças de 3 e 5 anos. Atualmente, a avó materna, Noemi Daniel, é responsável legal dos menores.

Os parentes alegaram que a mudança abrupta de casa poderia causar traumas psicológicos nos menores, mas a desembargadora entendeu que estar próximo da mãe de Gabrielli Daniel de Moraes, 31, é uma forma de não revitimizar as crianças. O PM está preso desde o dia 26 de maio, acusado de matar a esposa a tiros na casa em que a família residia, em Cuiabá.

Ao GD, a advogada Vivian Arruda Pedroni explicou que a família do policial tentou argumentar de diversas formas para que os menores voltassem a morar com os avós paternos em Cuiabá, após decisão que garantiu a guarda à Noemi Daniel, mãe de Gabrielli.

“Um dos argumentos é que a mudança abrupta de domicílio, imposta pelo juiz de primeiro grau, foi precipitada, porque a entrega dos menores avó materna pode desencadear traumas psicológicos, instabilidade emocional e prejudicar a adaptação das crianças”, explicou.

Em decisão de quinta-feira (5), a desembargadora afirmou que analisou os argumentos, mas que não encontrou fundamentos para que a guarda dos menores voltasse para a família paterna.

“Ela disse que a decisão de primeiro grau estava suficientemente motivada e pautada na proteção integral dos menores, com base em ele elementos concretos. O que justificou a concessão da guarda provisória para avó materna como forma de evitar uma possível revitimização e preservar o bem-estar psicológico das crianças em razão da morte da mãe”.

Como já noticiado pelo GD, Noemi Daniel conseguiu a guarda provisória dos netos de 3 e 5 anos, na noite da segunda-feira (2). No dia seguinte, ela foi até a casa dos pais de Ricker e levou as crianças para o Pará, onde toda a família materna reside.

O caso

Passava das 17h20, do dia 25 de maio, quando a polícia foi acionada para uma ocorrência de feminicídio no bairro Praeirinho. Quando a equipe chegou, encontrou o corpo de Gabrieli na cozinha da casa.

A morte já tinha sido confirmada pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ela estava ferida com 3 tiros de calibre.40. Uma testemunha contou que não ouviu nenhuma briga, apenas os disparos de arma de fogo. Depois, saiu na rua e viu o policial fardado saindo de casa com os dois filhos.

Ricker Maximiano de Moraes, 33, matou a esposa Gabrielli Daniel de Moraes, 31, com 3 tiros, sendo um na cabeça, um na barriga e outro na perna. Após o crime ele saiu levando os filhos no colo, os deixou na casa dos pais, assim como a arma utilizada para matar a esposa, e trocou de carro com a irmã. Foi somente no dia seguinte que ele se apresentou à polícia.

Nesta quarta-feira (4), ele foi indiciado por feminicídio após a conclusão do inquérito policial.





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Comentários (2)

  • Paulo

    Sexta-Feira, 06 de Junho de 2025, 18h52
  • O bandido acaba com a vida da mãe das crianças, e a família do vaga ainda tenta tomar a guarda delas...........é pra cabar mesmo.
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  • Luiz

    Sexta-Feira, 06 de Junho de 2025, 18h28
  • Matar uma pessoa não é a saída para casos/brigas conjugais. Não da mais pra viver, cada um segue seu caminho e pronto.
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