O marido de Maria Aparecida Gonçalves da Silva foi preso, nesta sexta-feira (13), em Ribeirão Cascalheira, a 893 km de Cuiabá, suspeito de matá-la. No dia 5 de maio, ele foi até a delegacia e informou que encontrou a companheira caída no chão, cercada de sangue e já sem vida, na casa onde moravam, em Água Boa, a 736 km da capital.
O delegado Danilo Rodrigues Barbosa informou que o suspeito, que não teve o nome divulgado, nega o crime. O g1 tenta localizar a defesa do investigado.
Segundo o delegado, o marido de Maria Aparecida informou que ela tinha uma dívida de R$ 40 mil com uma organização criminosa e que ela poderia ter sido morta pela facção. No entanto, essa versão não foi comprovada e as investigações apontaram o próprio marido como autor do crime.
A polícia informou que, ao verificar o celular da vítima, foi revelado que o casal estava em processo de separação e ele não estava de acordo. A vítima pediu para que o marido não fosse até a casa, a não ser para buscar as coisas dele. Além disso, ela havia o bloqueado nas mensagens.
Durante o interrogatório, ele informou eu trabalhou até tarde no dia anterior e chegou em casa para esperar a esposa que estava vendendo drogas à pedido da facção. O delegado afirmou que, segundo investigações, depois que o suspeito saiu do trabalho, ele foi para um bar, onde ingeriu bebida alcoólica até cerca de 1h da madrugada, e depois, foi visto pilotando uma moto pela cidade.
O suspeito estava escondido na casa de uma irmã. Após a prisão, ele foi encaminhado para a delegacia de Água Boa e deve responder pelo crime de feminicídio. Ele também já foi investigado por agressões contra outras mulheres.
Entenda o caso
Maria Aparecida, de 39 anos, foi encontrada morta, a princípio, com diversos ferimentos de faca. Foi feita uma varredura na casa, mas nenhum objeto que possa ter sido usado no crime foi encontrado. De acordo com o delegado, após a perícia, foram identificadas lesões na cabeça e nas costas da vítima, causadas por algum objeto semelhante a uma chave de roda ou outra ferramenta, já que o suspeito trabalha como mecânico.
A dinâmica do crime aponta que Maria foi assassinada por alguém conhecido, pois não havia arrombamento no portão, nem desordem na casa. A Polícia Civil continua investigando o caso.