Motoristas e cobradores de ônibus realizaram um protesto na tarde desta segunda-feira na avenida da Prainha, região central de Cuiabá. O motivo foi a agressão sofrida pelo motorista Gesiel Marçal, na madrugada de domingo. A violência teria sido cometida por policiais militares.

Os motoristas seguiram em cerca de 20 ônibus coletivos para frente da Secretaria de Segurança Pública. Os líderes do movimento foram recebidos pelo secretário-adjunto de Segurança, coronel Osmar Lino Farias.

Segundo os sindicalistas, na madrugada de domingo, Gesiel seguia para a garagem da empresa onde trabalha. Na avenida XV de Novembro, ele seguia na contramão e não teria obedecido a ordem para parar feita pelos policiais militares.

Após ser abordado, ele teria insultado os policiais, que reagiram com agressão. Gesiel ainda foi levado a Central de Flagrantes sob acusação de desacato e desobediência. Todavia, antes de dar sequência a ocorrência, o delegado plantonista determinou que ele recebesse atendimento médico no pronto-socorro de Cuiabá. O motorista passou por cirurgia para retirada do baço e está em estado grave.

Porém, seus companheiros de trabalho reagiram contra a violência. Ao secretário-adjunto de Segurança Pública, eles pediram um tratamento de Saúde adequado, além das investigações que o caso requer. 

“Não podemos aceitar o que aconteceu, um homem com característica de trabalhador, com seu uniforme e garrafa térmica de água, a caminho do trabalho, ser agredido por policiais militares. Se ele estava errado, se ele xingou o policial, que tivesse a moto apreendida, fosse multado ou preso, que os policiais utilizassem de sua prerrogativa, mas não o agredissem. Isso foi uma covardia”, desabafou o presidente do Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestre de Cuiaba e Regiao, Ledevino da Conceição.

O secretário-adjunto de Segurança informou que já contactou a Secretaria de Sáude, tanto do Estado quanto do município, para atender o motorista. As investigações, segundo Farias, transcorrerão da forma normal. “A prioridade neste momento é garantir a vida deste cidadão”, assinalou.