Polícia Quinta-Feira, 07 de Agosto de 2025, 10h:31 | Atualizado:

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ASSALTO AO SICREDI

MP cita confiança abalada e pede que militares continuem presos em MT

Dois cabos da Polícia Militar são acusados de ajudar na fuga de assaltantes

ALEXANDRA LOPES
Da Redação

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O promotor de Justiça Henrique de Carvalho Pugliesi, do Ministério Público de Mato Grosso, deu parecer favorável para que dois cabos da Polícia Militar – Anderson de Amaral Rodrigues e Alan Carvalho da Silva – continuem presos. Eles são acusados de ajudar na fuga dos bandidos que assaltaram uma agência do Banco Sicredi em Brasnorte, no dia 31 de julho deste ano. Amaral recebe um salário de R$ 11,8 mil e Alan, R$ 12,4 mil. 

Segundo o promotor, o depoimento de Gabriele Costa Tavares, esposa de um dos criminosos presos, revelou um esquema de corrupção e omissão envolvendo os dois policiais. A  versão é reforçada por áudios e vídeos incluídos no processo.

O integrante do MP também destacou que os policiais, ao invés de cumprirem seu dever de proteger a população, teriam agido em total desrespeito às suas funções, o que abala a confiança da sociedade na Polícia Militar. Ele afirmou ainda que manter os dois presos é necessário para proteger a ordem pública, já que os atos atribuídos a eles são considerados muito graves.

"Ademais, o modus operandi imputado aos flagranteados, conforme apurado em sede de cognição sumária, revela um esquema sofisticado, caracterizado por simulação de confronto, retardo proposital na solicitação de apoio e fornecimento de informações falsas ou imprecisas, tudo com o propósito de frustrar o exercício legítimo das atividades de segurança pública. Nessa linha, a manutenção da liberdade dos policiais militares representa risco concreto à ordem pública, especialmente diante da expressiva repercussão social dos fatos, da condição funcional dos acusados e do potencial dano à imagem das instituições públicas. Assim, mostra-se imprescindível a imposição da medida cautelar extrema, como forma de resguardar o interesse coletivo e assegurar a confiança no sistema de Justiça", consta em trecho do parecer.

Conforme o promotor, até o presente momento não se verificou nenhuma modificação fática superveniente que justifique a revogação da prisão preventiva dos militares. "Com efeito, os fundamentos que ensejaram sua decretação permanecem hígidos, não tendo a defesa técnica apresentado elemento novo apto a infirmar o quadro probatório ou a elidir a necessidade da segregação cautelar", sustenta  Henrique Pugliesi.

Ainda de acordo com o depoimento de Gabriele, seu marido teria feito um acordo com os policiais, que receberiam dinheiro para ignorar o crime, atrasar a resposta da polícia e até passar informações à quadrilha. Ela disse também que, no dia do assalto, os dois militares estavam de plantão e teriam como função simular um tiroteio no momento do crime – o que, segundo o promotor, demonstra a seriedade dos fatos.  

Imagens exibidas pelo programa do Pop, da TV Cidade Verde, mostram os policiais no pátio de um posto de combustíveis, enquanto os criminosos, que haviam acabado de roubar o banco, estavam bebendo cerveja na conveniência do local. 

OUTROS PRESOS

Alem dos militares estão presos: Osvaldo Pereira de Souza, de 40 anos; Rodrigo Silva Lucena, de 35; Cristian Riveiro Galvão, de 30; Eduardo José Lopes de Moraes, também 30; Luiz Carlos da Silva Júnior, de 27; Lucas Vinícius de Amorim da Silva; Fabrício da Silva Lima e Valdemar do Nascimento Alves.

O CRIME

Na segunda-feira (4), o delegado Sued Dias Júnior informou que até o momento, 14 pessoas estão presas, sendo que 12 têm envolvimento direto no crime.  Dentre os bandidos, estão dois policiais militares que foram presos por envolvimento no roubo da agência bancária do Sicredi.

“As investigações apontaram que os empresários faziam parte da rede de apoio que garantiu logística, fuga e ocultação dos autores diretos do roubo. Um deles, por exemplo, cedeu o próprio estabelecimento comercial para que o grupo se escondesse e fizesse a divisão do dinheiro logo após o crime. Dois ou 3 deles eram empresários locais em Brasnorte que resolveram se aventurar nesse roubo mal-sucedido”, explicou o delegado. 

Ainda segundo o delegado, o roubo foi planejado com pelo menos 20 dias de antecedência. Os criminosos utilizaram 3 veículos, incluindo uma Hilux roubada, que ficou escondida por um dia em uma área de mata. 

Quatro homens armados invadiram a agência por volta das 14h de quinta-feira (31), fizeram reféns e fugiram em direção a Juína (735 km ao noroeste). Durante o trajeto, dois reféns foram liberados, um a cerca de 3 km de Brasnorte e outro a quase 10 km.

 

 





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Comentários (2)

  • Brasil

    Quinta-Feira, 07 de Agosto de 2025, 11h09
  • Parabéns folhamax.....a lei é igual pra todos, parabéns por mostrar a cara desses indivíduos!!! CADEIA E RUA; P OS DOIS!!
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  • Dr Ricardo

    Quinta-Feira, 07 de Agosto de 2025, 11h05
  • Mp sendo mp, o raça
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