Polícia Terça-Feira, 18 de Março de 2025, 13h:25 | Atualizado:

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"SACRIFÍCIO VIVO"

Na Câmara, mãe de Emelly pede ajuda na busca por justiça

 

YURI RAMIRES e PABLO RODRIGO
Gazeta Digital

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Na Câmara de Cuiabá, Ana Paula Azevedo, mãe da jovem Emelly Sena, 16, pediu por justiça pelo assassinato da filha e quer ajuda dos vereadores para ‘encontrar todos os culpados’. Emelly estava grávida de 9 meses, teve a filha retirada de seu ventre e morreu após perder muito sangue. O crime foi brutal e chocou a população. Para ela, a filha foi um ‘sacrifício vivo’.

“Que a justiça seja feita. O que fizeram com a minha filha não se faz nem com um animal. Eu quero que os culpados paguem pelo que fizeram com minha filha. A minha neta ficou sem mãe. Ela tinha o sonho de cuidar da Liara, estava fazendo o enxoval, tantos planos que fizemos juntas e acabou”, disse ela.

Ana ressaltou ainda que se imaginava como suporte da filha durante sua jornada como mãe e não como responsável legal pela filha dela, sua neta Liara. “Gostaria que vocês me ajudassem a pegar os culpados, que eles fiquem presos. Não tem possibilidade de uma pessoa só ter feito tudo o que fizeram com ela”, disse.

Ela contou ainda que hoje representa muitas mães. “Minha filha foi um sacrifício vivo nas mãos desse povo”, reforçou. Presidente da Câmara, a vereadora Paula Calil (PL) ressaltou que nunca, na história de Cuiabá, viu um crime tão brutal como esse e deu apoio ao pedido de justiça feito pela família.

Já Samantha Iris (PL) afirmou que é uma pena, em âmbito municipal, os vereadores não conseguirem alterar leis e criar penas mais duras para os criminosos. “Hoje todos juntos choramos a perda da Emelly e sintam-se abraçados por uma mulher, que também é mãe”, disse.

Rafael Ranalli (PL) protocolou uma moção de pesar pelo assassinado da jovem e afirmou que “a mulher que fez isso não merece estar viva”. “Tem monstros que não merecem viver”, finalizou.

Dilemário Alencar (União) pediu para ser encaminhado um ofício ao governador Mauro Mendes solicitando que a Segurança Pública prenda os criminosos que ajudaram Nataly Helen no crime. “Essa assassina não agiu sozinha. É humanamente impossível”, finalizou.

O caso

Conforme noticiado pelo GD, Emelly saiu de casa no final da manhã de quarta-feira (12), no bairro Eldorado, em Várzea Grande e avisou a família que estava indo para Cuiabá buscar doações de roupa na residência de um casal. Durante a noite, uma mulher apareceu no hospital com um bebê recém-nascido, alegando que era filho dela e que tinha dado à luz em casa.

Após exames, a médica do plantão confirmou que a mulher sequer esteve grávida. Os profissionais observaram que a criança estava limpa e sem sangramento. Além disso, exames ginecológicos e de sangue demonstraram que a mulher não tinha parido recentemente. Ela também não tinha leite para amamentar a bebê.

Polícia Militar foi acionada e descobriu que uma jovem de 16 anos estava desaparecida e o registro tinha sido feito no Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP. Diligências começaram e, na manhã de quinta-feira (13), os investigadores chegaram até a casa em que a mulher alegava ter tido o parto normal, no Jardim Florianópolis, onde o corpo de Emelly foi encontrado.

A adolescente estava em uma cova rasa, no quintal, com lesões no corpo, mãos e pés amarrados, sacolas na cabeça e uma lesão no pescoço. Além disso, havia um corte enorme na barriga, em formato de 'T'. Perícia foi acionada e 4 pessoas foram detidas, entre elas, o casal que chegou no hospital.

No decorrer do dia, a DHPP prendeu em flagrante Nataly Helen Martins Pereira, 25, que atacou Emelly e retirou a filha dela da barriga, depois, enterrou a menina no quintal. Os demais foram liberados, pois houve entendimento de que não participaram do crime.





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