Tainara Cardoso de Araújo, 20, e André Luís Pinto de Souza, 23, foram condenados pelo Tribunal do Júri, nesta terça-feira (14), pela morte do próprio filho, Josué Araújo de Souza, de 1 mês, em janeiro de 2014. O conselho de sentença determinou pena de 19 anos e seis meses de reclusão, para o pai e 12 ano e seis meses de prisão, para a mãe. Inicialmente as sentenças serão cumpridas em regime fechado.
A criança morreu vítima de traumatismo craniano ocasionado por uma queda dentro da residência do casal, no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá. Conforme os autos, a lesão foi provocada dois dias antes do falecimento que aconteceu no dia 6 de janeiro.
A criança chegou a ser levada para o Hospital Santa Helena pelos pais e um pastor, o qual o casal buscou ajuda depois de perceber uma piorar no estado de saúde do filho. Pai e mãe foram detidos dentro da unidade de saúde, após o corpo clínico, que prestou atendimento ao bebê, suspeitarem de maus tratos devido aos ferimentos.
Em depoimento a mãe alega que o menino foi arremessado, por André, a um colchão que estava no chão da casa durante uma discussão do casal. Tainara conta que seu filho apresentou mudança de comportamento momentos depois da queda, mas o seu esposo não a deixou procurar atendimento médico porque a criança tinha marcas de mordidas na barriga, pescoço, rosto e cabeça. Segundo a mãe todos os hematomas foram ocasionados pelo marido.
Durante a tramitação da Ação Penal, a defesa de Tainara solicitou exame de insanidade mental, para verificar a possibilidade de quadro de estado puerperal, depressão pós-parto, na época do fato.
O pedido foi aceito e o laudo médico constatou que ela não sofria de problemas mentais e que tinha consciência do que estava acontecendo. Já o pai da criança tratou o caso como um acidente alegando que o bebê caiu de seus braços quando tentava afastar a esposa.