A Polícia Civil cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão e bloqueios de bens, contra suspeitos de envolvimento em um esquema de pirâmide financeira, nesta quinta-feira (31), durante a Operação Cleópatra. Segundo a polícia, empresáriaTaiza Tosatt Eleoterio da Silva, o médico Diego Rodrigues Flores e o ex-policial federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola são investigados.
A empresária, principal responsável pelo esquema, foi presa no aeroporto de Sinop, quando desembarcava de uma viagem que fez para o nordeste. Durante a operação, foram apreendidas uma caminhonete e de diversos documentos que serão analisados na continuidade das investigações.
Na casa da empresária, uma caixa com várias folhas de cheques de altos valores foi apreendida, além de munições pertencentes ao atual companheiro da investigada, que foi conduzido à delegacia de Sinop, onde foi e autuado em flagrante por posse ilegal de munições. As ordens judiciais, sendo seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva, além de mandados de bloqueios de bens e valores e suspensão de atividades econômicas de empresas, foram cumpridas em Cuiabá, Jaciara, Rondonópolis e Sinop.
Conforme as investigações, a empresária é apontada como líder do esquema criminoso, que se apresentava como especialista em investimentos. Ela usava as redes sociais para atrair as vítimas, se mostrando uma pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.
Já o ex-policial federal, que foi casado com a investigada, era o gestor de negócios da empresa, e o médico atuava como diretor administrativo da empresa, formando um grupo criminoso. Os suspeitos respondem por crime contra a economia popular, crime contra as relações de consumo, lavagem de dinheiro e associação criminosa, informou a polícia.
As investigações apontaram que, com argumentos envolventes e com promessas de lucros de 2% a 6% por dia, dependendo do valor investido, a empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos de altos valores, superiores a R$ 100 mil iniciais, em ações, entrando em um verdadeiro esquema de pirâmide financeira. Ainda de acordo com a polícia, as vítimas recebiam o retorno financeiro nos primeiros meses, sendo incentivados a fazer novos investimentos, mas depois de algum tempo, a empresa deixou de pagar os lucros para as vítimas. Ao solicitarem a devolução dos valores investidos, a empresária inventava desculpas até deixava de responder completamente às vítimas.
JOSE MARGRIT
Sexta-Feira, 01 de Novembro de 2024, 10h21João bicudo
Sexta-Feira, 01 de Novembro de 2024, 08h52