A titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher em Barra do Garças, a delegada Luciana Canaverde, informou nesta segunda-feira (16) que até o momento nenhuma pessoa foi presa sob suspeita de estuprar e matar uma menina de cinco anos com síndrome de Down no município. A menina chegou a ser internada com ferimentos graves nas partes íntimas, sofreu hemorragia, teve paradas cardiorrespiratórias e não resistiu.
A garotinha morreu na última quinta-feira (11) após dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra durante a madrugada com febre intensa, vômitos e apresentando hematomas pelo corpo. Durante o atendimento, a equipe médica constatou que os ferimentos na criança tinham origem provável de abuso sexual.
A vítima teve duas paradas cardíacas, foi levada ao Hospital e Pronto-Socorro de Barra do Garças e seria encaminhada para a capital, mas faleceu antes da transferência. Desta forma, a Polícia Militar foi acionada e, durante as diligências, começou a interrogar a avó da criança, que apresentou versões contraditórias.
Ela alegou nunca ter visto tais ferimentos e exigiu a presença de um advogado. De acordo com a delegada Canaverde, as investigações sobre o caso estão em andamento.
Familiares de Barra do Garças e também do município de Nova Xavantina foram interrogados, e um exame de corpo de delito foi solicitado. "Todas pessoas da família que residem em Barra do Garças já foram ouvidas. Os tios de Nova Xavantina também já foram ouvidos. A criança passou mal em Nova Xavantina no final de semana anterior, começou a ter febre. Já interrogamos o avô que reside em Cuiabá. Ainda faltam alguns familiares que moram fora do município e não compareceram ao sepultamento. Estamos aguardando os laudos periciais", informou a delegada durante entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda-feira.
Na ocasião, Luciana Canaverde também desmentiu algumas notícias falsas que afirmavam que familiares da menina foram presos. "Não há ninguém preso. Não há mandados de prisão em aberto. Precisamos ter muito cuidado com esse pré-julgamento público. Precisamos ser técnicos. Só indiciamos alguém com provas de autoria", concluiu.