A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Rondonópolis, realizou duas prisões em menos de 24 horas, como parte das ações da Operação Shamar 2025, que intensifica o combate à violência contra a mulher em todo o país.
A primeira prisão ocorreu na tarde de quinta-feira (7), em apoio à delegacia de Sorriso. Um homem de 32 anos, foragido da Justiça, foi localizado e preso em Rondonópolis. Ele teve a prisão preventiva decretada pela 2ª Vara Criminal de Sorriso pelos crimes de sequestro, cárcere privado e tortura contra sua companheira, de 36 anos.
Os fatos ocorreram em fevereiro deste ano, quando a vítima procurou a Delegacia de Sorriso relatando que havia sido brutalmente agredida com socos e chutes, especialmente na região da cabeça. Ela afirmou ainda que foi enforcada, impedida de sair de casa e que o agressor também empurrou o filho do casal, de apenas 4 anos. Segundo a vítima, as agressões e ameaças se prolongaram durante toda a noite, e, no dia seguinte, ela precisou fugir com o filho pulando a janela da residência. Ao buscar ajuda em um comércio vizinho, foi perseguida pelo agressor, que tentou invadir o local e só foi contido pelos funcionários do estabelecimento, que acionaram as autoridades.
Já na manhã desta sexta-feira (8), os policiais da DEDM deram cumprimento a um segundo mandado de prisão preventiva, desta vez contra um homem de 44 anos, expedido pela Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Rondonópolis. Ele é acusado de estupro, com os fatos remontando ao ano de 2009.
Na época, a vítima tinha 15 anos e a mãe denunciou à polícia que o agressor, então com 28 anos e casado com a tia da jovem, tentou abusá-la sexualmente em pelo menos três ocasiões. A mais grave teria ocorrido em um matagal próximo ao Estádio Municipal Luthero Lopes, onde o criminoso simulou estar passando mal, tirou a roupa e tentou violentar a vítima, que conseguiu escapar. As outras duas tentativas ocorreram em residências de familiares, onde o tarado usou de artifícios para atrair e forçar contato físico com a jovem. De acordo com a denúncia, o homem era de confiança da família e, inclusive, a levava à escola como mototaxista. Após os abusos, a vítima recusou-se a manter qualquer contato com ele.
As prisões fazem parte das ações da Operação Shamar 2025, uma mobilização nacional das forças de segurança em alusão aos 19 anos da promulgação da Lei Maria da Penha. A campanha, promovida no mês de agosto — conhecido como "Agosto Lilás" — visa reforçar medidas de prevenção, repressão e acolhimento às vítimas de violência doméstica e sexual.
A Polícia Civil reforça o compromisso de atuar com rigor em casos de violência contra a mulher, assegurando a responsabilização dos agressores e proteção das vítimas.