O motorista suspeito de assassinar um homem durante uma briga de trânsito em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, se apresentou à Polícia Civil nesta quarta­-feira (5). De acordo com a polícia, o suspeito confessou ter praticado o crime.

O caso ocorreu na tarde de domingo (2) e, em depoimento, o suspeito alegou que teve o veículo fechado pela vítima em um cruzamento, além de  ter sido agredido verbalmente. Nesta quinta­-feira (6), familiares e testemunhas que presenciaram os fatos devem prestar depoimento à polícia.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Azem Buchidid, a versão contada pelo suspeito, um pedreiro de 50 anos, diverge dos relatos de algumas testemunhas e da esposa da vítima, que já foi ouvida informalmente. “A mulher da vítima estava presente na primeira discussão e disse que foi o suspeito quem fechou o veículo da vítima no cruzamento, e não o contrário. Além disso, ela contou que nessa primeira ocasião o suspeito já teria ameaçado a vítima mostrando a arma”, relatou o delegado.

No domingo, a polícia havia informado que os dois motoristas discutiram no trânsito e o suspeito teria atirado na vítima. Entretanto,  houve uma primeira discussão em uma avenida e depois, próximo à residência deles, o suspeito teria atirado.

“Nesse primeiro momento, a vítima estava com a mulher e um filho de colo. Após a discussão, ele foi para casa deixar a esposa, e o cunhado dele teria entrado no carro e eles teriam saído novamente. Em seguida, eles encontraram o suspeito de novo, quando houve de fato o disparo dos tiros”, explicou Rodrigo.

Em depoimento, o suspeito que se apresentou na presença de um advogado também entregou a arma do crime, um revólver calibre 22. Ele alegou que nunca havia visto a vítima, apesar de morarem a uma quadra um do outro. “Ele contou que foi xingado e ficou nervoso. Então, quando encontrou novamente a vítima, que já estava com outro homem no carro, se sentiu ameaçado e atirou três vezes de dentro do veículo”, disse o delegado. Ainda de acordo com o suspeito, ele fugiu do local sem ver se a vítima havia ou não sido atingida. O cunhado da vítima, que também estava no veículo no momento dos disparos, não ficou ferido.

Segundo o delegado, o pedreiro deverá permanecer em liberdade até o fim do inquérito. Ele deve responder pelo crime de homicídio qualificado.