Um dos alvos da operação Personal, da Polícia Civil, deflagrada nesta terça-feira (20), foi identificado como Ygor Vinicius Silva Araújo, de 36 anos. A ação mirou um grupo criminoso envolvido com o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico.
Yuri, que se apresenta como personal trainer, já havia sido alvo da Operação Maximus 2, da Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), deflagrada em 2024. Na ocasião, o Conselho Regional de Educação Física de Mato Grosso (Cref-17/MT) emitiu uma nota informando que ele não era Profissional de Educação Física. O Cref-17 acrescentou ainda que já vinha, por meio da Coordenadoria de Fiscalização, apurando denúncias de atuação ilegal por parte do investigado, que já teria sido autuado em 2019.
Conforme a Gazeta Digital, o personal trainer foi preso por mandado expedido pela Justiça por volta das 6h15, ao chegar para abrir uma academia localizada na Barão de Melgaço. Ele foi algemado e conduzido à sede da Denarc.
Um jovem, de 28 anos, também foi preso. Ele se apresenta nas redes sociais como "formado em Administração e Direito" e afirma ser "empresário atuante no ramo de marketing, tecnologia 3D, mercado financeiro e agronegócio".
Os mandados da Operação Personal estão sendo cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Sinop e na cidade de Londrina (PR). O cumprimento das ordens judiciais conta com a participação de dezenas de policiais civis da Diretoria Metropolitana, da Diretoria do Interior, da Diretoria de Atividades Especiais e da Denarc do Paraná.
A operação tem como base o avanço das investigações da Operação Maximus 2, já concluída, que resultou no indiciamento de 19 investigados por crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais praticados por uma organização criminosa. Com o levantamento de novos elementos probatórios, foi possível identificar que um dos alvos investigados se associou a outros envolvidos — até então não identificados — para o cometimento de crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. A partir das provas encontradas em relação a terceiros não incluídos na investigação inicial, foi descoberto um sistema complexo e recorrente de distribuição de drogas, com reiteração criminosa, incluindo o envio de entorpecentes da fronteira (Cáceres) para distribuição na cidade de Cuiabá e Várzea Grande.
As investigações também permitiram identificar transportadores das drogas e traficantes locais, que adquiriam e revendiam os entorpecentes, abrangendo várias camadas sociais em Cuiabá.
Durante as investigações, foi interceptada uma carga de drogas do grupo criminoso. Na ocasião, um casal foi preso em flagrante com 23,57 quilos de maconha. Segundo as investigações, o grupo movimentava valores expressivos por meio de contas de "laranjas", utilizava aplicativos para o repasse de entorpecentes e mantinha um esquema de ocultação patrimonial através de pessoas interpostas.
As investigações continuam com a análise do material apreendido e o rastreamento dos ativos financeiros bloqueados. A operação Personal faz referência à prática de crimes de tráfico apenas entre pessoas de confiança dos investigados, com indicações aliadas à atividade secundária do alvo principal.
A operação faz parte da Operação Inter Partes, que integra o planejamento da Polícia Civil de Mato Grosso para o enfrentamento ao crime organizado, dentro do Programa Tolerância Zero do Governo, voltado ao combate à atuação de facções criminosas no Estado.
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