PF apreende carrões de modelo, que foi assaltada no RJ antes de operação

 

Influencer com mais de 200 mil seguidores em apenas uma de suas contas no Instagram e que conta até com fã-clube, com viagens para diversos destinos turísticos pelo Brasil e pelo mundo, Stheffany Xavier de Melo Silva, que se apresenta como modelo, divulgadora do jogo do "Tigrinho", empresária e promotora de eventos, que em suas redes sociais exibe beleza, uma vida de luxo e carrões, foi alvo da Operação Ragnatela, nesta quarta-feira (5). A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) deflagrou, nesta quarta-feira (05.06), a Operação Ragnatela para cumprir mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, sequestro de bens, bloqueio de contas bancárias e afastamento de cargos públicos, para desarticular um núcleo de facção criminosa responsável pela lavagem de dinheiro em casas noturnas.

A investigação da Ficco-MT identificou que criminosos teriam adquirido a casa noturna Dallas, em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeado pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promotores de eventos.

Um dos alvos da operação foi Stheffany Xavier de Melo Silva, que se apresenta nas redes sociais como promotora de eventos, empresária e modelo. Nas redes sociais, ela ostenta uma vida de luxo, com fotos em viagens para as Maldivas, Dubai, Itália, Holanda, Suíça, Argentina, Inglaterra, França, além de diversos destinos turísticos do Brasil.

Em um vídeo, publicado em suas redes sociais, ela também exibe uma Range Rover Evoque e um Jeep Compass, entrando em sua residência, localizada no Condomínio Primor das Torres, em Cuiabá. Os dois automóveis, inclusive, não estão no nome da influenciadora.

De acordo com os investigadores, a Range Rover Evoque, ano 2020/2021, está registrada em nome de Thiago Grisolia Cerqueira, enquanto o Jeep Compass, ano 2018, está no nome de Marinalva dos Santos Cândido. Ambos foram alvos da decisão que sequestrou os bens, determinada pelo juiz João Francisco Campos de Almeida, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).

Em uma publicação feita em suas redes sociais, ela comentou sobre a operação, da qual foi alvo de busca e apreensão. “Hoje de manhã me deparei com um monte de polícia no meu apartamento, mas graças a Deus eles só foram lá fazer o trabalho deles. Foram todos muito educados e apreenderam coisas, para averiguação. Não tem nada comigo e por enquanto está tudo certo. Tem saído várias matérias e a mídia sempre vai aumentar um pouco mais do que a realidade, mas quero dizer que estou bem e logo poderei vir aqui e explicar tudo para vocês”, postou ela, nas redes sociais.

ASSALTADA

As investigações apontaram que alguns dos integrantes da organização criminosa possuem fotos portando armamentos de grosso calibre, tipo fuzil, em comunidades do Rio de Janeiro. Entre eles, está Stheffany Xavier, que em suas redes sociais, lamentou ter sido assaltada na terça-feira (4), chegando a reclamar da falta de segurança na capital carioca.

Em um stories postado, ela relatou que tentou seguir a localização do aparelho, mas que quase caiu em uma ‘favela errada’, dando a entender que seria uma comunidade dominada por outra facção criminosa rival ao Comando Vermelho. Por fim, ela disse estar tranquila quanto as acusações e que colaborou com a atuação dos agentes, mesmo estando distante.

“Estou bem calma com tudo que está acontecendo, por mais que seja uma tribulação, com um turbilhão de coisas. Mas sei que tudo vai dar certo e será esclarecido e resolvido. Já estamos tomando as medidas legais e nossas providências e está tudo certo. Para quem está falando coisas, eu não estou fugida de nada e jamais fugiria. Os policiais foram na minha casa, pegaram as coisas, pediram as senhas e demos tudo. Estou tranquila quanto a isso e podem olhar e averiguar o que quiserem. Estou com minha consciência limpa”, completou.