PM que atuava como árbitro saca arma para intimidar jogadores indígenas em MT

 

O policial militar Rafael Cunha Garcia, de 35 anos, que atuava como árbitro de futebol, sacou uma arma e apontou para membros de um time composto por indígenas, na manhã deste domingo (28), em Barra do Bugres (168 km de Cuiabá). O episódio foi registrado no Clube Social Futebol Society, no bairro Distrito Industrial. 

Segundo o boletim de ocorrência, a arma, uma pistola Glock, com 17 munições, foi recolhida delegacia. Conforme versão do PM, ele afirma que após uma cobrança de faltaf que resultou em gol, alguns integrantes do time indígena partiram para cima da equipe de arbitragem. 

Em meio à discussão, um dos jogadores teria xingado o árbitro e dito: “Vai tomar no cu”. O que resultou em sua expulsão. Na sequência, o jogador teria dado uma “voadora” no árbitro. O jogou foi finalizado e o time desclassificado. 

Após a desclassificação, ainda de acordo com a versão do PM, todos os jogadores do time foram para cima da equipe de arbitragem, momento em que o PM sacou a pistola para conter a “possível injusta agressão”. 

Versão dos indígenas 

No entanto, integrantes do time indígena, apontaram que após o encerramento do jogo, ocorreu de fato uma discussão verbal, mas que o árbitro apontou a arma para a esposa de um dos jogadores que questionou a organização dos jogos. A mulher teria dito “Atira”, ao PM.

Para os jogadores indígenas, o árbitro sacou a arma de fogo para intimidar os presentes.