Carlos Dorileo
O policial militar que sobreviveu à troca de tiros ocorrida na tarde de segunda-feira (24) numa casa de câmbio localizada na Avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá, foi internado em estado de choque após o ocorrido. Ele, que é do 10º Batalhão da PM, passa por acompanhamento psicológico e deve ficar afastado das ruas por tempo indeterminado. No tiroteio, o também policial militar Danilo César Fernandes Rodrigues, de 27 anos, e uma jovem de 19, morreram após terem sido baleados.
“O policial foi hospitalizado ontem à noite em estado de choque, mas hoje ele já foi pra casa, onde deverá ficar até se recuperar. Oferecemos todo o apoio da Polícia Militar, inclusive o de acompanhamento com psicólogo. Ele deve voltar a trabalhar quando o laudo psicológico estiver pronto. E quando retornar, deverá fazer somente serviços administrativos”, disse o tenente-coronel Alexandre Mendes, do 10º Batalhão.
O PM ainda não prestou depoimento à Polícia Civil, que conduz as investigações por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “Porém, o mais importante agora não é o policial ser ouvido. O que importa no momento é prender o responsável por isso tudo. E também as imagens do circuito de segurança", declarou Mendes.
O crime que vitimou duas pessoas ocorreu por volta das 16h, depois que um homem armado entrou na casa de câmbio e foi surpreendido por dois PMs que estavam no interior da empresa - os policiais faziam rondas na região e tinham ido até lá para beber água e usar o banheiro.
Durante a troca de tiros, o policial Danilo Rodigues, o homem armado e uma jovem de 19 anos que trabalhava na empresa foram atingidos pelos disparos. A funcionária morreu no local. O policial ainda foi levado ao pronto-socorro, mas não resistiu aos ferimento e também morreu.
Já o suspeito, mesmo ferido, conseguiu escapar após roubar dois carros. Os veículos foram recuperados ainda na segunda-feira pela polícia. Dentro de um deles foi encontrado um aparelho celular que a polícia acredita ser do rapaz.
A Polícia Civil investiga ainda a hipótese de que o disparo que matou a jovem teria saído da arma do PM que também morreu, segundo o delegado responsável pelo caso, Walfrido Nascimento. Segundo as imagens do circuito interno, ela estaria sentada à mesa de trabalho quando iniciou o tiroteio - de frente para os policiais e com o suspeito de costas para ela. A funcionária foi atingida por um tiro na cabeça.
Na manhã desta terça-feira, o estabelecimento ficou fechado e com uma bandeira preta na fachada, em sinal de luto.