Delegado Anderson Veiga, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou à imprensa, nesta quinta-feira (23), que parte para a 2º fase do inquérito que investiga a morte do assistente social Rodolfo Silva da Costa, 29. O objetivo é penalizar os responsáveis pela omissão de socorro.
Primeiro, foi esclarecido pelo delegado que Rodolfo foi agredido apenas por uma pessoa – não por 3 como apontado assim que imagens das câmeras de segurança circularam nas redes sociais.
Essa pessoa é uma mulher, uma jovem de 18 anos. Ela é moradora de Brasnorte e foi localizada pela equipe da DHPP. “Ela veio até Cuiabá, prestou depoimento e não sabia que o rapaz tinha morrido. Ela confessou que tiveram sim uma briga, entraram em vias de fato, mas se mostrou surpresa com a morte dele”.
Rodolfo estava acompanhado de um amigo e suspeita de dois amigos. Esses 3, segundo o delegado Anderson, assistiram toda a briga e, em nenhum momento, interviram na situação. Depois que ele caiu desacordado, o grupo foi embora e o deixou na rua.
O amigo de Rodolfo – que estava com ele no dia do crime – já foi ouvido, mas se esquivou quando questionado sobre o motivo de ter o abandonado na rua. Eles eram amigos há bastante tempo. Apenas uma testemunha presencial não foi ouvida até o momento.
Para o delegado, a dinâmica dos fatos se confirma com o que foi apurado até agora e não há contradições. Para a nova fase, além da omissão do grupo que presenciou a cena, também será levada em consideração a possível omissão de agentes públicos.
“Há relatado que a Polícia Militar passou pelo local e não fez nada. Também vamos procurar saber se o Samu foi acionado em que momento, se foi antes, se não foi. E se foi, qual o motivo de ter demorado tanto para prestar o socorro e se isso contribuiu para a morte”, finalizou.
Mariana
Quinta-Feira, 23 de Setembro de 2021, 18h44