Polícia Sexta-Feira, 10 de Julho de 2015, 10h:08 | Atualizado:

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Professor do IFMT mantinha conversas eróticas com alunas por aplicativo

 

RODIVALDO RIBEIRO
Diário de Cuiabá

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A história de mero sexo consensual e casual com alunas sem nenhum tipo de pressão ou imposição de poder sustentada pelo professor do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) está cada vez menos consistente, de acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, que confirmou nesta quinta-feira (09) que outras duas adolescentes afirmaram em depoimento terem feito sexo com o senhor Adriano Knippelberg de Moraes, 29 anos, como moeda de troca por melhoria das notas das duas. Além do fato moral e eticamente reprovável de utilizar a profissão de professor de História para obter sexo de alunas, há o agravante de elas serem meras adolescentes e ainda assim terem sido levadas para um motel “para transar com o professor”. Menores de idade são proibidos por legislação de frequentar tais ambientes. 

Adriano é do quadro docente do IFMT, campus Centro, e foi preso há uma semana, dia 30 de junho, após uma vítima de assédio ir à Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) denunciar suas supostas práticas acompanhada pela mãe. A prova apresentada seria uma conversa erótica dela com o professor via aplicativo WhatsApp. 

Dias depois, outra aluna confirmou que manteve relações sexuais com o professor, mas afirmou que foi por consentimento e vontade. O problema é que suas notas subiram a partir do período admitido de conjunção carnal com o professor, explicou o delegado responsável pelas investigações, Eduardo Botelho.

Esse foi o motivo, inclusive, do pedido de prisão temporária do suspeito. “Estranhamente, a nota dela aumentou, indicando que ela pode estar mentindo”, disse o delegado. O objetivo agora, continuou, é descobrir quem é a quarta aluna com quem Adriano transou dentro do banheiro da instituição em que deveria ajudar na formação das menores de idade, o IFMT. “Outros alunos viram a cena e eu já sei o apelido dela”, informa o delegado. 

As vítimas de abuso e aliciamento sexual têm idades entre 15 e 17 anos. Em tempo, o professor admitiu que faz sexo com alunas, mas disse que é sempre “com consentimento delas”. 

Como o senhor Adriano já teve pelo menos 100 adolescentes como alunas, o delegado Eduardo Botelho vai traçar uma estratégia para conseguir ouvir potenciais vítimas do professor de história, que sempre se mostrou como evangélico, defensor da moral, de valores conservadores, da família tradicional -- declarando-se inclusive contra qualquer tipo de diversidade sexual -- e seguidor dos bons costumes. 

Adriano Knippelberg de Moraes está refletindo sobre moral, bons costumes e coerência de ideias e entre discurso e ação e as nuances entre vigiar o comportamento alheio e punir o próprio no Centro de Ressocialização de Cuiabá, antigo Presídio do Carumbé. A escola, uma instituição federal, afirmou que abrirá sindicância para apurar o comportamento de seu professor. 





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