O segundo sargento da Polícia Militar, Fernando Wesley Primo, acusou em redes sociais o tenente-coronel da reserva, Reginaldo Azizes Ferreira, de persegui-lo por não acreditar em Deus. Ele alega ter sofrido diversos episódios assédio moral e perseguições dentro do 1º Batalhão da PM em 2022, na época comandado por Ferreira.
De acordo com Fernando, ele sofreu retaliações, como ser designado como motorista de um sargento e ser retirado de escalas para determinados serviços, apesar de ser um policial produtivo e enfrentou punições e sindicâncias, tudo por ser ateu enquanto o superior se declara "evangélico". Ele só decidiu tornar o caso público, tanto na imprensa quanto em seu Instagram, porque acredita que medidas não foram adotadas pelo Comando-Geral e pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar.
Inclusive, o sargento fez uma postagem em seu perfil relatando os episódios de perseguição, o tratamento psicológico e transtornos que desenvolveu, além de três tentativas de suicídio, e marcou o perfil da Polícia Militar. FOLHAMAX teve acesso a documentos como ofícios, atos da PM envolvendo o militar, prontuários médicos, avaliações psiquiátricas e medicamentos receitados por uma médica da própria Polícia Militar e médicos de hospitais particulares, bem como atestados e indicação para o sargento ter o porte de arma suspenso durante os períodos de afastamentos para tratamento do quadro de depressão que enfrentava.
Primo também destaca que o tenente-coronel da reserva promovia cultos dentro do quartel durante as paradas diárias; tirava viaturas das ruas para distribuir frutas aos moradores de rua e afirmava, em alto e bom som, que fazer o bem à comunidade era mais importante do que efetuar boas prisões. O denunciante também afirma que o tenente marcava reuniões após o horário de expediente e obrigava os participantes a deixarem seus celulares fora da sala.
Ele afirma que foram inúmeros episódios de constrangimento dentro do quartel que o levaram ao uso de medicamentos controlados e a três tentativas de suicídio. Parte disso foi compartilhada em uma publicação no Instagram.
"Três tentativas de suicídio em três meses. Mais de 15 dias de internação clínica e outra psiquiátrica. Tudo isso sendo iniciado por assédio moral e intolerância religiosa sofrida no 1º Batalhão da PM em 2022. Fato já formalmente informado. Polícia Militar, cuide de seus policiais, cuide de quem coloca para comandar", cobrou. Em um trecho da denúncia feita em outubro deste ano direcionada à Corregedoria-Geral da Polícia Militar e ao Comando-Geral da corporação, o 2º sargento afirma que entrou na mira do oficial superior, que é evangélico, após demonstrar descontentamento com algumas atitudes dele, como, por exemplo, tirar vários policiais da escala de serviço para participar de ações sociais com a intenção de ser promovido ao último posto da PM.
Alguns desses policiais que tirados das escalas, segundo Fernando Primo, foi denunciado por fazer campanha política utilizando o nome da corporação. Primo também acusa o tenente Ferreira de pirotecnia ao destacar que era forçado a participar de ações com as quais não concordava, como a entrega de abacates, bananas e cestas para moradores de rua na praça do Porto, em um ponto de venda de drogas e prostituição - para puni-lo veladamente.
Fernando denuncia que não concordava com as ações porque eram feitas em locais de risco e perigo. "Faço ainda uma acusação de que toda essa pirotecnia do então TC PM Ferreira, para ser promovido ao último posto, que forçava este graduado a participar de ações que não concordava, tais como entregar abacates para moradores de rua na praça do porto (ponto de venda de drogas e prostituição) e enquanto punia veladamente este graduado, beneficiava inúmeros outros militares", traz trecho do documento.
Segundo ele, o comandante sempre o tentava converter, com frases ditas em público como “Deus me colocoou no seu caminho para te ensinar a palavra”. Ainda conforme trechos da denúncia, Fernando foi rebaixado a motorista por ter tirado a farda para trocar o pneu da viatura.
A situação não teria sido bem recebida pelo comando do batalhão. "O derradeiro problema se desenvolveu. Foi uma humilhação que sofreu sendo o policial mais produtivo do batalhão, para ser motorista de um dos sargentos, porque parou para trocar um pneu furado e a havia tirado fardamento", destacou.
Ele explicou que tirou a farda por custar R$ 400 e, como o outro graduado que estava com ele estava ciente da situação, "não vi má intenção ou má-fé". Após se sentir humilhado e punido, o sargentou procurou o comandante do Batalhão para solicitar uma licença prêmio, o que não foi concedida.
Diante disso, procurou uma clínica particular e, em uma breve entrevista, um médico psiquiatra prescreveu Sertalina e Hemitarantato de Zolpidem, oferecendo um atestado de 60 dias, pois era o prazo que durava o tratamento. Ele afirma que pediu apenas 15 dias.
Depois, procurou novamente o comandante para que liberasse a licença. Contudo, ao mostrar o atestado médico, o oficial teria apenas desdenhado: “seu migué foi tão fraco que só conseguiu 15 dias”.
O militar ainda lembra que, na despedida do tenente-coronel, ele publicamente lhe pediu perdão pelo que tinha feito. Mas, segundo ele, os episódios de hostilidade e humilhação já haviam causado um estrago emocional. "Destes fatos em diante, ganhei muito peso, cheguei a beira do alcolismo e sempre fazendo uso de medicamentos tarja preta. Onde o minímo de stress no serviço me causava dores, irritações etc. Nunca procurei ajuda institucional, justamente para não precisar expor o oficial em questão, mas foram dias tenebrosos, onde, várias vezes pensava que abririam um Conselho de Disciplina para este graduado", escreveu.
A denúncia foi encaminhada à Corregedoria em 29 de outubro. Porém, na avaliação do sargento Fernando Wesley Primo, nenhuma providência foi adotada contra o "algoz" e por este motivo ele decidiu divulgar o caso de forma pública para mostrar alguns dos motivos pelos quais policiais militares ficam doentes com quadro de depressão e outras doenças mentais e alguns tentam tirar a própria vida.
Praça
Sexta-Feira, 20 de Dezembro de 2024, 19h44Vanilto
Segunda-Feira, 16 de Dezembro de 2024, 10h41Paulo Silvino
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 22h21Praça
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 20h45PRIMO
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 18h53Rafael
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 15h04Dionys Lavor
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 12h46Cuiabano
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 12h40Papa Mike
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 12h02Marcella
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 11h57Marcos Paccola
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 11h50Senhor pedro
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 10h00Demin
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 10h00João Derrite
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 09h05Antigão
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 08h59Mike
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 08h55Alan
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 08h54Pm antigao
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 08h51Anonimus
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 08h39Tico e teco
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 08h24Cel de Deus
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 08h24Enzi Cerqueira
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 08h06Paulo
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 07h26Luis
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 07h25Mike
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 06h32Eleitor
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 06h28Compaixão
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 06h15João Cuika [Cabo Velho Rr]
Domingo, 15 de Dezembro de 2024, 04h39