O secretário de Segurança Pública do Estado, Alexandre Bustamante dos Santos foi notificado pelo Ministério Público Estadual (MPE) que quer saber porque não foram cumpridas as tratativas firmadas durante uma reunião realizada em fevereiro em Poconé (104 Km ao sul de Cuiabá) para colocar em práticas medidas para reduzir a criminalidade no município de 32 mil habitantes.
A promotora de Justiça, Daniele Crema da Rocha destaca que durante o encontro há 2 meses, Bustamante prometeu entre outras ações, a implantação de 10 câmeras de segurança nas principais ruas da cidade, além da disponibilização de equipamentos às polícias civis e militares. Mas, segundo ela, isso não aconteceu.
Agora, o MP quer explicações sobre as medidas implementadas pela Secretaria Estadual de Segurança (Sesp) comandada por Alexandre Bustamante. “Na reunião foi consignado que as câmeras seriam instaladas no prazo de 60 dias e equipamentos seriam encaminhados na primeira semana de março. O prazo já se expirou há mais de um mês e até agora nenhuma medida foi efetivamente concretizada”, reclamou a promotora.
“Na reunião foi consignado que as câmeras seriam instaladas no prazo de 60 dias e equipamentos seriam encaminhados na primeira semana de março. O prazo já se expirou há mais de um mês e até agora nenhuma medida foi efetivamente concretizada”, reclamou Daniele lembrando em 2011 o Ministério Público ingressou com ação civil pública contra o Estado buscando garantir o aumento do efetivo de policiais e uma melhor estruturação dos órgãos de segurança no município. “Obtivemos decisão favorável na Justiça, mas até o momento as medidas não foram implementadas”, afirmou.
No encontro à época a prefeita de Poconé, Nilce Mary Leite, destacou que o município faz fronteira com a Bolívia, Corumbá, Cáceres, Barão de Melgaço e Nossa Senhora do Livramento e tem se tornado rota do tráfico. Com uma extensão de cerca de 18 mil quilômetros quadrados, a cidade, segundo ela, passa por uma situação caótica.
Outro assunto discutido na reunião foi a possibilidade de construção de um batalhão em terreno doado pela população. “Até o momento, o Conselho de Segurança de Poconé sequer logrou êxito em obter informações sobre as formalidades necessárias para efetivar a doação”, afirmou a promotora de Justiça. De acordo com Daniele Rocha, o Conselho de Segurança não tem medido esforços para tentar resolver o problema, mas a Secretaria de Segurança Pública não tem dado as respostas necessárias.
O que motivou a reunião foram situações como a falta de estrutura de pessoal e material na delegacia para atendimento às ocorrências e sucateamento das viaturas. Os problemas foram apresentados pelos moradores durante a reunião que contou com a participação de representantes das mineradoras, do Conselho de Segurança, do Comando Geral da Polícia Militar, do Sindicato Rural, da Câmara Municipal e do Poder Executivo de Poconé. O procurador-geral de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado, intermediou a reunião.
Outro lado: A Secretaria de Segurança Pública foi procurada pela reportagem e informou que deve se proncunciar ainda nesta terça-feira sobre o assunto.