O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, coronel César Roveri, confirmou que um dos suspeitos envolvidos na morte do sargento da Polícia Militar Odenil Alves Pedroso se entregou e está preso. No entanto, o principal alvo da investigação, Rafael Amorim de Brito, segue foragido há mais de um ano.
Em entrevista ao programa Cadeia Neles (TV Vila Real, canal 10.1), nesta quarta-feira (23), Roveri garantiu que as buscas continuam ativas. “Nós já tivemos alguns desdobramentos sobre essa situação. Teve uma pessoa que participou da fuga, confrontou a Polícia Militar. Teve uma outra pessoa que se entregou e foi presa. Falta somente a prisão dele [assassino]. Nós temos equipes trabalhando nisso, não paramos desde o dia do crime”, disse.
Conforme noticiou o GD, o policial foi assassinado no dia 28 de maio de 2024, em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Morada do Ouro. Odenil tinha 26 anos de serviço militar e foi assassinado na véspera de seu aniversário, com um tiro na cabeça. Ele fazia segurança na unidade para complementar a renda e cumpria jornada extraordinária, que é permitida nos horários de folga. Naquele dia, tinha ido à lanchonete em frente à unidade de saúde quando foi surpreendido pelo atirador, que estava em uma moto.
No mesmo dia do crime, 3 homens, suspeitos de terem ajudado na fuga de Rafael, entraram em confronto com a Polícia Militar e morreram em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá). No dia 9 de junho de 2024, um integrante de facção, também suspeito de ajudar o atirador, foi preso no bairro Novo Paraíso. Ele confessou que recebeu ordens da liderança para dar apoio na fuga após o homicídio.
O homem buscou o assassino na casa de um parente e o deixou na zona rural de Cuiabá. 3 dias depois, Rafael foi localizado no apartamento da irmã dele, no bairro Izabel de Campos, em Várzea Grande. Ao avistar as viaturas, o suspeito fugiu para dentro da mata e não foi mais visto.
As autoridades trabalham com a hipótese de que Rafael esteja escondido em uma comunidade no Rio de Janeiro, possivelmente em uma favela. “Temos informações que ele está em determinado estado, determinada comunidade. Não é simples você entrar lá”, continuou.
O secretário reforçou que a força-tarefa de Mato Grosso conta com o apoio de outras polícias estaduais para capturar o atirador. “Sendo lá ou em qualquer unidade da federação, nós vamos buscar”, concluiu.