Paulo Witer Farias Paello, conhecido como W. T, usava o time de futebol amador, "Amigos do WT", como forma de lavar dinheiro do crime organizado por meio da “lavagem do bem, ou seja como forma de assistencialismo em bairros periféricos de Cuiabá. O 'tesoureiro' do Comando Vermelho foi preso, juntamente com o do centro-avante do time, o jogador Alex Junior Santos Alencar, vulgo "Soldado", em Alagoas, na cidade de Maceió, no final de semana, durante um torneio de futebol.
Detalhes da atuação do criminoso foram reveladas pelos delegados que estão à frente das investigações da Operação Apito Final, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (2) para cumprimento de 25 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias dos alvos investigados num esquema de R$ 65 milhões. A investigação da GCCO, realizada ao longo de dois anos, apontou que o alvo principal, recentemente posto em liberdade, utilizava diversas pessoas - entre amigos, familiares e advogados que atuavam como 'laranjas' - para adquirir imóveis, comprar e vender carros e atuar na locação de veículos com o dinheiro das práticas criminosas.
"Durante a investigação ficou claro que WT utilizou a contabilidade do tráfico de drogas para fins de lavar esse dinheiro, posteriormente convertê-lo em assistencialismo perante a sociedade, através da distribuição de cesta básica, utilizando um time de futebol, da construção de um centro esportivo, tudo isso em benefício da facção e em detrimento da sociedade de bem da cidade de Cuiabá", explicou o delegado Rafael Scatolon sobre a lavagem de dinheiro do "bem".
O delegado confirmou que a prática é investigada pela GCCO em outros times amadores da Região Metropolitana de Cuiabá e Várzea Grande. Além de WT, foram presos preventivamente outros membros familiares como o pai, avô, ex-esposa, o irmão dele, Fagner Paelo. O 'braço jurídico' também foi alvo de mandados de prisão, pois atuava em outras funções. "Além de realizar a defesa técnica jurídica, ficou claro na investigação que eles integraram a facção pelo fato de adquirir também o patrimônio e lavar o dinheiro oriundo do tráfico de drogas", declarou.
Por não se tratar de um time federado, a Polícia Civil não pode impedir que o time 'Amigos do WT', dispute torneios, e o CNPJ dele continua válido. "Mas em relação ao CNPJ vamos tomar medidas preventivas em relação a essa pessoa jurídica, uma vez que o clube é claramente utilizado em benefício da facção criminosa", garantiu Escalone.
Os mandados judiciais foram deferidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital (Nipo) e cumpridos em Maceió (AL) e nas cidades mato-grossenses de Cuiabá, São José dos Quatro Marcos e Chapada dos Guimarães, onde foram apreendidas três espingardas para caça, conforme explicou o delegado titular da GCCO, Gustavo Belão.
"Nós estamos evitando esse enfrentamento eficiente, através da lavagem de dinheiro para poder evitar se chegue como infelizmente alguns outros estados ocorre. A Polícia Civil está preparada com um aparato de ferramentas tecnológicas, um todo um trabalho de investigação para impedir o avanço dessa criminalidade organizada em Mato Grosso", garantiu Belão.
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