Polícia Quinta-Feira, 09 de Julho de 2015, 16h:12 | Atualizado:

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OPERAÇÃO HYBRIS

Traficante construiu império em MT com dinheiro do tráfico

 

Gazeta Digital

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Originário da cidade de Pontes e Lacerda, o líder da quadrilha de traficantes de drogas, preso, ontem (8), durante a Operação "Hybris", da Polícia Federal, Ricardo Cosme Silva Santos, morava no Condomínio Florais, na Capital. A esposa dele também teve mandado de prisão cumprido. O acusado é apontado como uma pessoa de bens, que andava somente de caminhonete blindada e avião. Todo “império” foi construído nos últimos oito anos.

Conforme a PF, a organização criminosa contava com forte estrutura e graus de hierarquia, com liderança comandada de maneira rígida por Ricardo, que recebia o apoio de um “gerente”, responsável por distribuir as tarefas entre os outros envolvidos. O líder atuava na negociação e comercialização do entorpecente.

Ao todo, a Justiça expediu 36 mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 48 de busca e apreensão a serem cumpridos em Cuiabá, Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade e Pontes e Lacerda, além de ordens judiciais determinadas para Minas Gerais, São Paulo, Tocantins e Minas Gerais. Até o fechamento da edição, a PF havia cumprido 36 mandados de prisão e quatro pessoas eram consideradas foragidas. Os presos em Cuiabá foram encaminhados para a Penitenciária Central do Estado (PCE) e do interior de Mato Grosso para a cadeia de Cáceres.

Em Cuiabá, seis pessoas foram presas em bairros nobres da cidade. O acusado Jazon Neres da Silva foi detido em um edifício nobre da Capital. Ele é conhecido pelo uso de vários nomes falsos e também acumula vários bens, como conjuntos de quitinetes e caminhonetes. Outros 15 mandados de prisão foram cumpridos fora de Mato Grosso, onde acusados de envolvimento com a quadrilha foram presos durante as investigações.

Ontem, a PF apreendeu bens da ordem de R$ 50 milhões. Foram sequestrados três imóveis comerciais, seis edifícios de quitinetes e chácaras e apreendidos 12 Hilux, duas aeronaves, um jetski, 2,5 mil cabeças de gado, uma carreta, 50 quilos de cocaína e joias. Os bens eram usados pelo tráfico para dar suporte à prática criminosa, ou foram adquiridos com dinheiro ilícito.

Conforme o delegado da PF, Marco Aurélio Fáveri, o grupo adquiria a droga na Bolívia, já com a etiqueta “Superman”, e entrava com o material no Brasil com o auxílio de aviões pequenos ou veículos. O entorpecente era levado para as fazendas da região de Pontes e Lacerda, onde era armazenado para futura distribuição para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Pará e países europeus.

O transporte da cocaína para os estados abastecidos era feito com apoio de carretas, carros pequenos e avião. Fáveri destaca que a quadrilha usava muitos modos de atuação no transporte.

LÍDER - Ricardo foi apontado como uma pessoa empreendedora, discreta e que trabalhava bastante para solidificar a quadrilha que comandava. Entre os documentos apreendidos pela PF estava a Carteira de Trabalho dele, que em 2007 era registrada com salário de R$ 390. Na época, ele atuava no comércio. Seguiu para o ramo musical e entrou para o tráfico de drogas.

Fáveri destaca que ele adotava práticas violentas para ascender no crime, além de aterrorizar inimigos. Como contava com desafetos, andava somente em carros blindados. A PF não descarta o envolvimento do bando em crimes de homicídios.

A Polícia investiga ainda o envolvimento dele com o meio político, uma vez que usava empresas em seu nome e de “fantasmas” para lavar o dinheiro adquirido com o tráfico de drogas.

 





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