Operação Tolerância Zero ao Crime Organizado na Penitenciária Central do Estado (PCE) apreende 86 celulares, 130 chips, 50 porções de maconha, 20 de cocaína, além de fones de ouvido e carcaças de aparelhos. Somente na cela de Sandro Silva Rabelo, o Sandro Louco, fundador da facção Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso, foram apreendidos seis aparelhos celulares.
A vistoria dos policiais penais se concentrou nos raios três e seis da maior unidade prisional do Estado, que hoje abriga mais de 11 mil presos, inclusive a cúpula da facção CV no Estado. Segundo informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), apenas em uma das celas foram encontrados 32 celulares, levantando a suspeita de que o local era utilizado como uma espécie de “assistência técnica” para os dispositivos da unidade.
A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (28), sob o comando da nova cúpula que irá comandar as ações no sistema prisional de Mato Grosso. O secretário-adjunto de Administração Penitenciária, delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, determinou a instauração imediata de um procedimento para apurar as circunstâncias da entrada dos aparelhos.
“Já determinei a instauração de um procedimento administrativo para apurar o acesso dos presos aos celulares, principalmente deste considerado de alta periculosidade”, referindo-se ao líder da facção, Sandro Louco. Todos os aparelhos foram apreendidos e passarão por perícia da Perícia Oficial do Estado (Politec).
O secretário-adjunto assegurou que o conteúdo extraído dos aparelhos será investigado pela Polícia Judiciária Civil, com a devida responsabilização dos envolvidos. Bruzulato assegura que a operação segue o pacote de medidas lançado pelo governador Mauro Mendes, no programa de Tolerância Zero ao Crime Organizado. “Vamos intensificar as operações, melhorar os procedimentos de segurança, impedir a entrada de materiais ilícitos e retirar também tudo o que for encontrado. As operações também visam apurar as irregularidades na entrada de aparelhos celulares e drogas, além de investigar possíveis ligações dos presos com crimes foradas unidades penais”, asseverou o delegado.
Participaram da operação 100 policiais do Serviço de Operações Especiais (SOE), Grupo de Intervenção Rápida (GIR), Núcleo de Inteligência, Coordenadoria de Inteligência Penitenciária (Coinpen), além do efetivo da unidade.
João Batista
Sexta-Feira, 29 de Novembro de 2024, 19h54Ocuiabano
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Sexta-Feira, 29 de Novembro de 2024, 11h47