Polícia Terça-Feira, 14 de Maio de 2024, 15h:04 | Atualizado:

Terça-Feira, 14 de Maio de 2024, 15h:04 | Atualizado:

AÇÃO DE CINEMA

Vídeo flagra prisão de servidor de Cuiabá "laranja" de líder do CV

Jeferson comprou apartamento em W.T morou após liberdade

Da Redação

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

JAPAO PRESO .jpg

 

Câmeras de segurança flagraram o momento em que o então servidor da Prefeitura de Cuiabá, Jeferson da Silva Sancoviche, conhecido como "Japão", foi preso por policiais civis que estavam realizando diligências no âmbito da segunda fase da Operação Apito Final, deflagrada pela Polícia Civil na terça-feira (14). O suspeito era motorista na secretaria de Obras e foi preso numa ação cinematográfica, divulgada pelo site Folha do Estado, em que os policiais chegavam em alta velocidade num veículo à paisana.

Jeferson foi preso pelos policiais civis dentro da Secretaria Municipal de Obras Pública  nas primeiras horas da manhã de hoje e foi exonerado pela Limburb após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apontarem que ele foi flagrado saindo com uma sacola de documentos e a tornozeleira do tesoureiro do Comando Vermelho, Paulo Witer Faria Paelo, conhecido como W.T. As imagens mostram os policiais o suspeito colando as mãos para cima e sendo rendido pelos policiais. 

A segunda fase da Operação Apito Final foi deflagrada nesta terça-feira e trouxe um novo desdobramento que apurou a participação de novos envolvidos no esquema de lavagem de capitais do tráfico de drogas liderado por Paulo Witer Faria Paelo. Foram cumpridos dois mandados de prisão e um de busca e apreensão, deferidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, contra investigados identificados como 'laranjas' de Paulo Witer.

A GCCO descobriu que um homem e uma mulher, esta última moradora do Jardim Florianópolis, constavam como proprietários de um apartamento em um edifício de alto padrão na capital, mas que Witer começou a residir no imóvel logo após sair da Penitenciária Central do Estado em dezembro passado, quando teve autorizada a progressão para o regime semiaberto pela justiça. A GCCO também apurou que o servidor público não teria condições financeiras para adquirir um imóvel do porte do que constava em seu nome.

O servidor era contratado da empresa pública de limpeza urbana da capital e tinha um salário bruto mensal de R$ 3.643,12. "Todas as informações levantadas reforçam mais uma manobra do principal alvo da operação Apito Final para ocultar seu patrimônio criminoso", comentou o delegado Rafael Scatolon.

Durante o cumprimento dos mandados, a equipe policial apreendeu na residência de um dos investigados um veículo Toyota Corolla que teve mandado de sequestro determinado na primeira fase da Operação Apito Final. A Polícia Civil descobriu que dias antes da deflagração da operação, o servidor público foi ao apartamento de Paulo Witer e retirou objetos do local que poderiam comprometer o principal investigado.

Witer foi preso pela Polícia Civil em 29 de março em Maceió (AL). Na mesma data, horas após a prisão, o servidor foi ao apartamento e saiu carregando uma sacola com vários objetos, incluindo a tornozeleira, que foi desativada em seu apartamento minutos após a prisão de Paulo Witer.

Além de "Japão", a investigação da GCCO identificou outro comparsa e 'fiel escudeiro' de Witer, Paulo Vinicius Gabriel de Araújo, que foi incumbido diversas vezes de movimentar a tornozeleira do criminoso como se ele estivesse em Cuiabá. Em diversas ocasiões, esse investigado ia ao apartamento, retirava o equipamento e o levava até o bairro Jardim Florianópolis nos momentos em que Witer estava viajando para o litoral de Santa Catarina e Rio de Janeiro.

No dia 14 de março, a Polícia Civil descobriu que a tornozeleira estava emitindo a localização em uma escola de alto padrão na capital, onde o investigado levou a filha de Witer, que estuda no local. No entanto, nesse mesmo dia, Paulo estava em Santa Catarina. Antes da data em que foi preso em Maceió, a tornozeleira indicou que o investigado principal se moveu de seu apartamento para um shopping da capital, embora o equipamento estivesse com seu cúmplice.

Além da movimentação criminosa do equipamento, também foi constatado que Paulo Vinicius Gabriel de Araújo fez diversas movimentações bancárias por seus 'serviços prestados', em valores superiores a R$ 19 mil. Durante uma investigação que durou quase dois anos, a GCCO apurou centenas de informações e análises financeiras que comprovaram o esquema liderado por Paulo Witer para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Ele utilizou comparsas e familiares como testas de ferro na aquisição de bens móveis e imóveis para movimentar o capital ilícito e dar aparência legal às ações criminosas.

A operação, realizada em 02 de abril, teve como objetivo desarticular a organização criminosa e cumpriu 54 ordens judiciais, resultando na prisão de 20 alvos, incluindo o líder do grupo, identificado como tesoureiro da facção, e responsável pelo tráfico de entorpecentes na região do Jardim Florianópolis. Witer estabeleceu uma base nesse bairro para difundir e promover a facção criminosa, atuando também em ações assistenciais por meio da distribuição de cestas básicas e eventos esportivos.

A investigação da GCCO descobriu que o esquema movimentou R$ 65 milhões na aquisição de imóveis e veículos. Essas transações incluíram a criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias usadas pelo grupo para lavar dinheiro e dissimular o capital ilícito.





Postar um novo comentário





Comentários

Comente esta notícia








Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet