A primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, rebateu a fala do presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Eduardo Botelho, sobre a intervenção do Governo na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS) ter que apresentar resultados. Nas redes sociais, na manhã desta terça-feira (14), a esposa do governador Mauro Mendes (União) detonou o parlamentar e disse que ele debocha dos cuiabanos. 

Em sessão realizada na última quinta-feira (09), o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) deferiu o pedido de intervenção do Governo Estadual na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá por nove votos a favor e quatro contrários. Ainda na sexta-feira (10), Botelho disse que esperava resultado concreto da medida. “Evidentemente, esse resultado não vai ser do dia para noite, mas que tenha resultados e melhorias. E sobretudo que tenha mais recursos”, declarou.

Nesta terça, a primeira-dama ironizou o pedido do colega de partido do marido. “O senhor deputado só pode estar debochando de nós cuiabanos. Não é possível. Há quantos anos o senhor deveria estar fiscalizando seu amigo prefeito e todos os desmandos desta gestão? Vou além, quantas pessoas precisam morrer pela descaso na Saúde pro senhor vir agora falar em resultados de intervenção”, disparou.

Virginia relembrou ainda que o legislador foi contra a criação do projeto SER Família, programa articulado por ela própria que está à frente da Secretaria de Estado de Assistência Social. "Anote para não esquecer deputado: falta de médico, remédios e de comida matam. Vale lembrar que o senhor foi contra o SER Família e a entrega de cestas básicas para pessoas que verdadeiramente necessitam”, disse, acrescentado que a falta de profissionais da saúde e medicamentos também matam. “Anote para não esquecer deputado: falta de médico, remédios e de comida matam”. 

Botelho não foi o único a cobrar resultados da intervenção estadual. Na segunda-feira, o primeiro-secretário da ALMT, deputado Max Russi (PSB), também criticou a medida e acredita que 90 dias não é tempo suficiente para acabar com o caos instalado na Pasta. “Acho que o problema é grave, sério e particularmente não vejo como o melhor caminho a intervenção, mas se ela está acontecendo com a decisão judicial e decisão não se discute, se cumpre. Acho que 90 dias é um prazo muito pequeno, muito curto e não acredito que vai ter avanços que a população consiga sentir. É logico que com o Governo assumindo tem muito mais recursos e condição e a gente quer acreditar que o Estado realmente aporte os recursos e faça a Saúde acontecer”, pontuou o deputado.