Abílio já descarta apoiar "candidato de Mauro" ao Alencastro, em 2024

cbn

 

A aliança formada entre o deputado eleito, Abílio Júnior (PL), e o governador Mauro Mendes, parece estar com os dias contados. Em entrevista à Rádio CBN Cuiabá, nesta sexta-feira (14), o parlamentar afirmou que há poucas chances dos dois estarem no mesmo grupo político nas eleições de 2024.

Ou seja, não estarão juntos para disputa do palácio Alencastro, já que a tendência é que Abílio seja candidato e o governador lance um nome do seu grupo político. “Isso faz parte do jogo político e não me torna rival do Mauro. Muito pelo contrário, isso cria uma questão de respeito, porque há uma transparência. Eles têm um grupo que tem um projeto politico, não sou adversário e nem inimigo do governador, respeito o projeto politico dele e ele respeita o meu. Em 2024 é pouco provável a gente estar junto, mas é impossível? Não, porque politica é arte do dialogo, de conversar, alinhar as ideias, mas não é muito provável”, disse.

Abílio que disputou em 2020 à eleição para assumir a Prefeitura da Capital, ficou entre os favoritos pra assumir o comando do Palácio Alencastro, mas perdeu as eleições no 2º turno para Emanuel Pinheiro (MDB). Questionado se disputará o pleito novamente, o político informou ainda ser cedo para pensar na possibilidade e que pretende focar em seu mandato na Câmara Federal.

No entanto, o deputado adiantou que não apoiará os nomes que o governador pretende lançar para concorrer o cargo. São eles: os deputados estaduais Eduardo Botelho (UB), Beto 2 a 1 (PSB), o deputado federal Fábio Garcia (UB), o secretário Rogério Gallo, ex-Casa Civil Mauro Carvalho e o ex-secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo.

“O Mauro Mendes tem outro grupo político, um grupo que o acompanha desde quando ele era prefeito em Cuiabá, e é bem provável que esse grupo queira lançar um candidato a prefeitura de Cuiabá em 2024. Por isso é mais provável ainda que eu não apoie esse grupo, num possível projeto de candidatura a prefeitura de Cuiabá. Então naturalmente a gente não estará do mesmo lado, a não ser que os projetos não sejam os possíveis nomes que estão sugerindo por aí”, disse.

De acordo com ele, a aliança formada por eles neste ano foi partidária, com interesses em comum. "Em detrimento à Marcia, apoiei o Mauro e eu apoiei Wellington, candidato do meu presidente. Então há um alinhamento partidário, mas eu não tive nenhuma conversa com nenhum deles sobre 2024, a gente não tocou nesse assunto, não existe nenhum compromisso comigo sobre esse assunto e nem uma conversa nesse sentido”, declarou.